segunda-feira, 17 de junho de 2019


“GLORIA BELL”, 2018, EUA, 1h41. Trata-se do remake do filme chileno “Glória”, de 2013, que disputou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. O roteirista e diretor Sebastián Lelio é o mesmo do original chileno. Gloria Bell (Julianne Moore) é uma cinquentona divorciada há quatro anos que, para espantar a solidão, costuma ir às discotecas de Los Angeles frequentadas por pessoas de meia-idade. Abro aqui um parêntese especial para destacar a deliciosa trilha sonora, com hits da disco anos 70, como “Ring My Bell”, “Gloria” etc., além de Paul McCartney. Bem, voltemos à história. Entre um e outro romance/sexo casual, Gloria acaba conhecendo Arnold (John Torturro), um sujeito também solitário e divorciado, que vive em função dos problemas das filhas. O romance entre os dois transcorre aos trancos e barrancos, principalmente devido à insegurança de Arnold, situação que segue até o desfecho, quando Gloria Bell resolve agir com força e determinação, características de sua personalidade. Resumo da ópera: o filme é bom, mas inferior ao original chileno. Seu único trunfo é contar com a maravilhosa Julianne Moore, cuja atuação também é espetacular, como a da chilena Paulina Garcia – só que Julianne Moore não teve coragem de encarar o nu frontal de Paulina, apesar de aparecer nua em várias cenas. Nunca fui fã do ator John Torturro e continuo não sendo. Acho ele um chato. Todos os remakes que assisti foram mais fracos que os originais. Posso até citar alguns: “Olhos da Justiça”, com Julia Roberts, adaptação do espetacular argentino “O Segredo dos Seus Olhos”; o sueco “Millennium: Os Homens que não Amavam as Mulheres”, que Hollywood transformou em remake; o francês “Os Intocáveis”, que ganhou versões do cinema argentino e do norte-americano; “Coração de Leão – O Amor não tem Tamanho”, original argentino, copiado pelo cinema francês como “Um Amor à Altura”.   

Nenhum comentário: