segunda-feira, 1 de abril de 2019


“MÃE ROSA” (“MA’ROSA”), 2016, Filipinas, 110 minutos, roteiro e direção de Brillante Ma Mendoza (do ótimo “Lola”, de 2009). Excelente drama do pouco conhecido cinema filipino, premiado em Cannes (Melhor Atriz para Jaclyn Jose, a “Mãe Rosa”) e em outros festivais mundo afora. Realmente, o filme é muito bom. A história é centrada em Rosa e sua família – marido e quatro filhos. Eles residem num bairro pobre da periferia de Manila, capital das Filipinas, e sobrevivem com as vendas de sua pequena mercearia. Na verdade, o estabelecimento é fachada para que ela e o marido trafiquem drogas. Denunciados, eles são presos e levados à delegacia. Primeiro, eles são obrigados a entregar o traficante. Segundo, terão que arranjar uma quantia em dinheiro para pagar a “fiança”, ou seja, uma gorda propina para os policiais. Os quatro filhos saem atrás do dinheiro, um deles até se transforma em garoto de programa. Brillante reserva um grande espaço para mostrar o empenho dos jovens em conseguir a soma pedida pelos policiais. A câmera sempre nervosa de Brillante, acompanhando de perto os personagens, aumenta a tensão e o suspense nas cenas mais decisivas. A mensagem comovente no desfecho é a cereja do bolo, mostrando a grande atriz que é Jaclyn Jose.     

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