“A
ARTE DE AMAR – A HISTÓRIA DE MICHALINA WISLOCKA” (“SZTUKA
KOCHANIA”), 2017, Polônia, 120 minutos, direção de Maria Sadowska – é o seu
segundo longa-metragem -, com roteiro de Violetta Ozminkowski. Conta a história
da médica ginecologista Michalina Wislocka, que em 1976 lançou o livro “A
Arte de Amar” (“Sztuka Kochania”), um pioneiro e polêmico ensaio sobre a
importância da prática do sexo na vida das pessoas. O livro foi um grande best-seller na época. Não foi fácil publicá-lo,
já que a Polônia vivia sob o comando do rígido regime da União Soviética, além
de ser um dos países mais católicos do mundo. Ou seja, Michalina teve de
enfrentar a oposição da Igreja e dos governantes. O livro foi considerado o primeiro
guia sexual gerado num país comunista e Michalina a primeira sexóloga da
Polônia, sendo comparada ao seu colega norte-americano Alfred Charles Kinsey, que
nos anos 40 fundou o Instituto de Pesquisa do Sexo na Universidade de Indiana. O
filme apresenta Michalina (Magdalena Boczarska) como uma mulher liberal,
desinibida e muito avançada para o seu tempo, a ponto de permitir que seu
marido Stach Wislocki (Piotr Adamczyk) vivesse com outra mulher, Wanda (Justina
Wasilewska) no mesmo teto que ela, consumando o famoso ménage à trois. Alguns anos mais tarde, separada de Stach, Michalina
conhece Jurek (Eryk Lubos), que seria seu grande amor pelo resto da vida.
Enfim, uma história e tanto a desta médica polonesa, contada de uma forma
bem-humorada e fiel aos fatos, com excelente elenco, fotografia e uma esmerada
reconstituição de época.
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