domingo, 13 de janeiro de 2019


“MEMÓRIAS DA DOR” (“LA DOULEUR”), 2017, França, 2h06m, escrito e dirigido por Emmanuel Finkiel. Selecionado para representar a França no Oscar 2019 de Melhor Filme Estrangeiro, trata-se de um drama biográfico baseado nas memórias da escritora Marguerite Duras descritas no romance “La Douleur”. Marguerite Duras, vivida pela excelente atriz Mélanie Thierry, revive o episódio ocorrido em plena Segunda Guerra Mundial, quando seu marido, o também escritor Robert Antelme (Emmanuel Bourdieu) é preso pelos nazistas e enviado a um campo de concentração – tanto ele quanto Marguerite pertenciam à Resistência. Para descobrir o paradeiro do marido e saber se ainda está vivo ou morto, Marguerite forja uma amizade com o oficial da Gestapo Pierre Rabier (Benoît Magimel), admirador da então jovem escritora. A angustiante espera por notícias do marido, preso desde o início de 1944, quando a França ainda era ocupada pelos alemães, até 1945, depois do fim do conflito, é relatada por Marguerite num contexto de sofrimento e desesperança. O filme é excelente, graças à história em si, à primorosa ambientação de época e, principalmente, à magistral atuação de Mélanie Thierry, uma das melhores atrizes francesas da nova geração. Um detalhe interessante é a semelhança cada mais evidente entre o também excelente ator Benoît Magimel e o veterano Gerard Depardieu, incluindo a volumosa pança. Exibido por aqui na programação oficial do 20º Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro, em novembro de 2018, “Memórias da Dor” é um filmaço, cinema da melhor qualidade.

Nenhum comentário: