terça-feira, 15 de janeiro de 2019


“A ÚLTIMA FAMÍLIA” (“OSTATNIA RODZINA”), 2016, Polônia, 124 minutos, direção de Jan P. Matuszynsk – mais conhecido como diretor de curtas; este é o seu primeiro longa-metragem – e roteiro de Robert Bolesto. A história é baseada em fatos reais da vida do famoso pintor surrealista polonês Zdzislaw Beksinski e sua família, compreendendo o período de 1977 até 2005. Como quase todo artista, Beksinski tinha um parafuso a menos, imaginava criar um supercomputador para transformar a atriz norte-americana Alicia Silverstone numa mulher com poderes especiais. Além disso, passava os dias pintando, filmando tudo o que acontecia em seu apartamento e fotografando cenas de Varsóvia. Beksinski (Andrzej Seweryn) vivia com a mulher Zofia (Aleksandra Konieczna) e duas idosas, uma mãe dele e a outra mãe dela. O filho Tomasz (Dawed Ogrodnik), totalmente paranoico, desequilibrado e com tendências neuróticas, morava sozinho num edifício vizinho e trabalhava fazendo bicos como DJ e dublador de filmes. Uma das avós ficava na janela gritando que a Gestapo estava chegando. Enfim, uma família totalmente disfuncional, beirando a maluquice. Tudo parece caminhar para um final trágico, o que realmente acaba acontecendo – como na vida real da família Beksinski. O filme foi exibido na programação do Festival Internacional de Cinema de São Paulo de 2016 e ganhou o “Leão de Ouro” no Gdynia Film Festival (o Oscar polonês). Por sua atuação, Andrzej Seweryn ganhou o prêmio de “Melhor Ator” no Festival de Cinema de Locarno (Suíça). Resumo da ópera: o filme é muito bom e merece ser conferido.     

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