sábado, 6 de outubro de 2018



“A CÂMERA DE CLAIRE” (“Keul-Le-Eo-Ui-Ka-Me-La”), Coreia do Sul, 2017, do roteirista e diretor queridinho dos críticos profissionais, Hong Sang-Soo. Mais um exemplar típico do gênero cinema de arte. Dentro de seu estilo intimista, de poucos personagens e muitos diálogos, sua marca inconfundível em 12 anos de carreira, Sang-Soo ambienta a história em Cannes durante os dias do festival de cinema, embora não apareça nenhuma imagem do tapete vermelho nem a paparicação em torno dos grandes astros. A professora Claire (Isabelle Huppert, em seu segundo filme com o diretor sul-coreano; o primeiro foi “A Visitante Francesa”, de 2012), caminha por Cannes tirando fotos de pessoas e de paisagens com sua câmera Polaroid. Numa dessas andanças ela conhece Jeon Manhee (Kim Minhee), uma sul-coreana que veio com uma equipe de cinema participar do festival. Em poucas horas de conversa – em inglês -, as duas mulheres fazem confidências, contam suas histórias e acabam fazendo amizade. Claire segue seu caminho e faz contato com outro sul-coreano, o diretor So Wansoo (Jin-Yeong Jeong), coincidentemente da mesma equipe de Manhee. A presença de um quarto personagem, Nam Yaghye (Jang Mi Hee), esposa de Wansoo, será fundamental para esclarecer alguns fatos narrados pela jovem Manhee.  Exibido pela primeira vez no Festival de Cannes 2017, “A Câmera de Claire” ganhou rasgados elogios, confirmando a fama de Hong Sang-Soo.   

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