“DESOBEDIÊNCIA”
(“DISOBEDIENCE”), EUA, 2017, roteiro e direção do chileno
Sebastián Lelio. Trata-se de um drama centrado na amizade de duas mulheres que
voltam a se encontrar e acabam revivendo o romance que tiveram na juventude. A fotógrafa
Ronit Krushka (Rachel Weisz) está radicada há muitos anos em Nova Iorque, onde
é uma profissional respeitada. É uma mulher liberada, solitária. Um dia ela
recebe a notícia de que seu pai, um rabino importante, acaba de morrer em
Londres. Ao chegar à capital inglesa para o funeral, ela é recebida com muita
frieza pelos judeus ortodoxos que vivem na comunidade judaica no bairro de
Hendon. Tratada como ovelha negra da família, Ronit só é bem recebida pelo seu
primo David Kuperman (Alessandro Nivola) e ainda mais pela esposa dele, Esti
(Rachel McAdams). Logo fica claro que as
duas tiveram um caso na juventude e mesmo depois de tantos anos decidem retomar
o romance. As cenas de sexo entre as duas são bastante tórridas, mas dirigidas
com sensibilidade por Lelio. Tanto David, eleito o novo rabino, como a
comunidade de judeus ficam sabendo do caso, mas as mulheres aguentam firme.
Este é o primeiro filme em língua inglesa dirigido por Sebastián Lelio, que tem
em seu currículo ótimos filmes como “Gloria”, de 2013, e “Uma Mulher Fantástica”,
que ganhou o Oscar 2018 de Melhor Filme Estrangeiro. Para realizar “Desobediêcia”,
o diretor chileno adaptou o livro "Disobedience”, escrito pela romancista
inglesa Naomi Alderman. Enfim, um filmaço imperdível, com destaque para o desempenho
dessas duas grandes atrizes, com jeito de Oscar 2019, principalmente para Rachel
McAdams. Alessandro Nivola também está muito bem e talvez mereça uma indicação.
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