Mais do que um filme muito
interessante e sensível, “LUCKY”,
2017, EUA, homenageia um dos atores mais importantes do cinema e da TV
norte-americanos: Harry Dean Stanton. Sua longa carreira começou em 1954 e
partir de então deslanchou com participações marcantes em séries como Bat
Masterson, O Fugitivo, Paladino do Oeste etc. No cinema, também marcou presença
em clássicos como “No Calor da Noite”, “O Poderoso Chefão 2”, “Paris, Texas” e “À
Espera de um Milagre”, entre tantos outros. Em “Lucky”, Stanton faz o papel principal, o velho Lucky, de 91 anos, solitário,
preso a uma rotina que inclui fazer alguns alongamentos logo que acorda ao som
de um tango, tomar café da manhã na lanchonete do Joe (Barry Shabaka Henley),
onde resolve palavras cruzadas, e no final da tarde curtir um Bloody Mary no bar de Elaine (Beth Grant).
Nos dois lugares, Stanton conversa com todo mundo e sempre tem na ponta da
língua um sarcasmo implacável. Aliás, o que mais gostei no filme foram os
diálogos. “Lucky” também seus momentos bem-humorados e sensíveis, como quando
ele canta, durante uma festa, uma bela canção mariach em espanhol. O filme ficou com cara de homenagem póstuma a
Stanton, que faleceu no mesmo mês (setembro de 2017) em que foi lançado nos
cinemas dos Estados Unidos. “Lucky”
foi o primeiro filme dirigido pelo conhecido ator John Carroll Lynch, com
roteiro de Logan Sparks e Drago Sumonja. Do elenco, também participam Ron
Livingston, David Linch, Tom Skerritt e James Darren. Enfim, um filme para quem
curte cinema de qualidade, digno de um ator que ficou conhecido como uma lenda do cinema independente norte-americano. Não perca!
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