“DEPOIS DAQUELA MONTANHA” (“THE MOUNTAIN BETWEEN US”), EUA,
2017, estrelando Kate Winslet, Idris Alba, Beau Bridges e Dermot Mulroney. Não se engane com o bom elenco. O
filme é um ABACAXI com letra maiúscula. A fotojornalista Alex (Winslet) e o
neurocirurgião Ben (Alba) estão num aeroporto aguardando o mesmo vôo. Não se
conhecem. Ela está a caminho da cidade onde casará com Mark (Mulroney). Ben está
voltando de um congresso médico. Como o
vôo é cancelado, os dois resolvem alugar um pequeno avião, com um piloto (Bridges)
que não oferece a mínima confiança. Tava na cara que algo trágico estava prestes
a acontecer. E não dá outra: o avião cai numa região montanhosa (fiquei sem
saber onde fica essa região; o filme não explica; só fiquei sabendo que as
gravações aconteceram no Canadá). Alex e Ben, além do cão labrador órfão do
piloto, tentam sobreviver ao frio intenso, tempestades de neve, quedas e nenhuma comida. E dá-lhe papo furado, num ritmo arrastado e monótono. Os dois
acabam tendo um romance que parece ter ficado para trás depois que conseguem
voltar à civilização. O desfecho é constrangedor. Consegue ser pior do que aqueles
finais horríveis daqueles filmes românticos
da pior qualidade. A grande surpresa foi constatar que o diretor é o israelense
Hany Abu-Assad, que havia dirigido dois filmes excelentes, “Paradise Now”,
indicado ao Oscar 2006, e “Omar”, também indicado ao Oscar, desta vez em 2014. O
roteiro ficou a cargo de J. Mills Goodloe e Chris Weitz, que adaptaram a
história do livro “The Mountain Between Us”, de Charles Martin. Difícil
acreditar que ótimos atores como Kate Winslet e Idris Alba tenham concordado em
participar de tamanha bomba. Se eles correram risco durante as filmagens, isso
eu não sei, mas o perigo maior sobrou para o espectador: perigo de um sono
profundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário