“ROMAN J. ISRAEL” (“Roman J. Israel, Esq.”), roteiro
e direção de Dan Gilroy (do excelente “O Abutre”, com Jake Gyllenhaal), conta a
história de um advogado criminalista brilhante, Roman Israel (Denzel
Washington), mas um tipo bastante estranho: gordo, desajeitado, roupas cafonas
e um cabelo “black power” igual aos
ativistas dos anos 60/70 – ele idolatra especialmente Angela Davis. Durante
anos, ele atuou nos bastidores do escritório e dos tribunais, elaborando as estratégias de defesa que seu
sócio, Willian Henry Jackson, utilizava, com grande sucesso nos julgamentos. Quando Willian sofre um ataque cardíaco e entra em coma, Roman é obrigado a
assumir o seu trabalho nos tribunais. Só que Roman é um advogado radicalmente
idealista, seguindo à risca os princípios morais e éticos da profissão. Pode estar
diante de um juiz no tribunal ou de um importante promotor, ele não tem medo de
enfrentar qualquer autoridade para fazer valer as suas convicções. Depois que seu
escritório é fechado, ele passa a trabalhar para outro advogado de sucesso,
George Pierce (o ator irlandês Colin Farrel), um verdadeiro “tubarão” no meio
jurídico, advogado/empresário que só enxerga o Direito como uma forma de ganhar
dinheiro, sem concessões à ética da profissão. Mais um grande trabalho de Denzel
Washington, que, pelo papel, foi indicado ao prêmio de “Melhor Ator” no Oscar
2018. Denzel já havia conquistado a estatueta de Melhor Ator em 2002 por “Dia
de Treinamento” e a de Melhor Ator Coadjuvante por “Glory”, em 1990. “Roman J. Israel” tem como seu maior
trunfo justamente o desempenho de Denzel, embora a história também seja ótima e
o filme muito bom.
Nenhum comentário:
Postar um comentário