segunda-feira, 19 de março de 2018


“ROMAN J. ISRAEL” (“Roman J. Israel, Esq.”), roteiro e direção de Dan Gilroy (do excelente “O Abutre”, com Jake Gyllenhaal), conta a história de um advogado criminalista brilhante, Roman Israel (Denzel Washington), mas um tipo bastante estranho: gordo, desajeitado, roupas cafonas e um cabelo “black power” igual aos ativistas dos anos 60/70 – ele idolatra especialmente Angela Davis. Durante anos, ele atuou nos bastidores do escritório e dos tribunais, elaborando as estratégias de defesa que seu sócio, Willian Henry Jackson, utilizava, com grande sucesso nos julgamentos. Quando Willian sofre um ataque cardíaco e entra em coma, Roman é obrigado a assumir o seu trabalho nos tribunais. Só que Roman é um advogado radicalmente idealista, seguindo à risca os princípios morais e éticos da profissão. Pode estar diante de um juiz no tribunal ou de um importante promotor, ele não tem medo de enfrentar qualquer autoridade para fazer valer as suas convicções. Depois que seu escritório é fechado, ele passa a trabalhar para outro advogado de sucesso, George Pierce (o ator irlandês Colin Farrel), um verdadeiro “tubarão” no meio jurídico, advogado/empresário que só enxerga o Direito como uma forma de ganhar dinheiro, sem concessões à ética da profissão. Mais um grande trabalho de Denzel Washington, que, pelo papel, foi indicado ao prêmio de “Melhor Ator” no Oscar 2018. Denzel já havia conquistado a estatueta de Melhor Ator em 2002 por “Dia de Treinamento” e a de Melhor Ator Coadjuvante por “Glory”, em 1990. “Roman J. Israel” tem como seu maior trunfo justamente o desempenho de Denzel, embora a história também seja ótima e o filme muito bom.                     

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