Selecionado para representar o
Senegal na disputa do Oscar 2018 de Melhor Filme Estrangeiro, “FÉLICITÉ”, roteiro e direção de Alain
Gomis, é um drama bastante pesado, centrado numa mulher bastante sofrida,
maltratada pela vida. Ao contrário do que possa sugerir o seu nome, Félicité
(Véronique Beya Mputu) é uma mulher infeliz, mas muito corajosa para manter e
custear as despesas da casa e sustentar o filho Tabu (Gaetan Claudia), um jovem
de 16 anos que ainda não encontrou um caminho na vida. Ela mora num bairro
pobre de Kinshasa, capital da República Federal do Congo, e faz bico como
crooner de uma banda num bar que para ser chamado de espelunca precisa melhorar
muito. Quando seu filho sofre um grave acidente e precisa ser operado, Félicité
vai à luta para arranjar dinheiro. Pede para todo mundo, inclusive para quem
não conhece, expondo-se várias vezes a uma grande humilhação. E mesmo assim ela
vai em frente. Triste acompanhar o drama dessa mulher batalhadora, cujo único
prazer é cantar. Trata-se de um filme de grande impacto, dramático além da
conta, mas que apresenta uma personagem de muita coragem, representada por uma
ótima atriz. Enfim, um filme que não abre concessão para nenhum tipo de sorriso
ou momento sensível. Estreou durante o 67º Festival de Cinema de Berlim, em fevereiro de 2017, conquistando o Grande Prêmio do Júri.
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