sábado, 17 de março de 2018


Selecionado para representar o Senegal na disputa do Oscar 2018 de Melhor Filme Estrangeiro, “FÉLICITÉ”, roteiro e direção de Alain Gomis, é um drama bastante pesado, centrado numa mulher bastante sofrida, maltratada pela vida. Ao contrário do que possa sugerir o seu nome, Félicité (Véronique Beya Mputu) é uma mulher infeliz, mas muito corajosa para manter e custear as despesas da casa e sustentar o filho Tabu (Gaetan Claudia), um jovem de 16 anos que ainda não encontrou um caminho na vida. Ela mora num bairro pobre de Kinshasa, capital da República Federal do Congo, e faz bico como crooner de uma banda num bar que para ser chamado de espelunca precisa melhorar muito. Quando seu filho sofre um grave acidente e precisa ser operado, Félicité vai à luta para arranjar dinheiro. Pede para todo mundo, inclusive para quem não conhece, expondo-se várias vezes a uma grande humilhação. E mesmo assim ela vai em frente. Triste acompanhar o drama dessa mulher batalhadora, cujo único prazer é cantar. Trata-se de um filme de grande impacto, dramático além da conta, mas que apresenta uma personagem de muita coragem, representada por uma ótima atriz. Enfim, um filme que não abre concessão para nenhum tipo de sorriso ou momento sensível. Estreou durante o 67º Festival de Cinema de Berlim, em fevereiro de 2017, conquistando o Grande Prêmio do Júri.      

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