quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Típico representante do cinema de arte francês, “O IGNORANTE” (“Le Cancre”), 2016, tem roteiro e direção de Paul Vecchiali, que ainda atua como o personagem principal. É basicamente uma obra teatral, verborrágica e musical, com diálogos bastante inspirados e bem-humorados, mas muitas vezes arrastados além da conta. A base da história é o difícil relacionamento entre Rodolphe (Vecchiali) e seu filho Laurent (Pascal Cervo). Ao discutir sua vida com Laurent, Rodolphe faz um balanço reflexivo da sua agitada vida amorosa. Nesse ponto, as mulheres com as que se relacionou surgem em cena para conversar com Rodolphe e relembrar o romance que tiveram, os altos e baixos e, principalmente, tentam descobrir o que não deu certo nas respectivas relações. Fica evidente, desde o início, que Rodolphe só teve um grande amor na vida, sua cunhada Marguerite (Catherine Deneuve), irmã de sua esposa. Os momentos mais engraçados ficam por conta da falta de sintonia entre pai e filho. Rodolphe tem a pose aristocrática, veste hobby de chambre e echarpes, enquanto Laurent não troca um moletom surrado, alvo constante da implicância do seu pai. Além de Vecchiali, Cervo e Deneuve, completam o elenco atores e atrizes consagrados do cinema e teatro francês, como Mathieu Amalric, Annie Cordy, Françoise Lebrun, Françoise Arnoul, Edith Scob e Marianne Basler. Sem dúvida, um filme bastante interessante e inteligente, mas muito longe de agradar o grande público.    



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