Típico representante do cinema
de arte francês, “O IGNORANTE” (“Le Cancre”),
2016, tem roteiro e direção de Paul Vecchiali, que ainda atua como o personagem
principal. É basicamente uma obra teatral, verborrágica e musical, com diálogos
bastante inspirados e bem-humorados, mas muitas vezes arrastados além da conta. A base
da história é o difícil relacionamento entre Rodolphe (Vecchiali) e seu filho
Laurent (Pascal Cervo). Ao discutir sua vida com Laurent, Rodolphe faz um
balanço reflexivo da sua agitada vida amorosa. Nesse ponto, as mulheres com as que se
relacionou surgem em cena para conversar com Rodolphe e relembrar o romance que
tiveram, os altos e baixos e, principalmente, tentam descobrir o que não deu
certo nas respectivas relações. Fica evidente, desde o início, que Rodolphe só
teve um grande amor na vida, sua cunhada Marguerite (Catherine Deneuve), irmã
de sua esposa. Os momentos mais engraçados ficam por conta da falta de sintonia
entre pai e filho. Rodolphe tem a pose aristocrática, veste hobby de chambre e
echarpes, enquanto Laurent não troca um moletom surrado, alvo constante da
implicância do seu pai. Além de Vecchiali, Cervo e Deneuve, completam o elenco atores e atrizes consagrados do cinema e teatro francês, como Mathieu Amalric, Annie Cordy, Françoise Lebrun, Françoise Arnoul, Edith Scob e Marianne Basler. Sem
dúvida, um filme bastante interessante e inteligente, mas muito longe de agradar o grande público.
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