“VIVA”, 2015, coprodução
Irlanda/Cuba, direção de Paddy Breathnach, com roteiro de Mark O’Halloran. O
drama é centrado no jovem Jesus (Héctor Medina), de 18 anos, que vive
perambulando pelas ruas de Havana tentando sobreviver fazendo bicos como garoto
de programa – os principais clientes são os turistas que visitam a ilha – e
como maquiador e penteador de perucas num clube noturno de drag queens. Ele gosta de cantar e um dia pede uma chance ao dono
do clube para fazer uma apresentação com o nome artístico de “Viva”, o que justifica
o título do filme. Jesus faz sucesso e acaba incluído na programação. Tudo vai
bem até aparecer seu pai Angel (o ótimo Jorge Perugorría), um ex-boxeador que
estava preso há 15 anos. Claro que ele, machão convicto, não vai gostar do que o filho está
fazendo e aí os dois entram em conflito, dificultando o relacionamento. Ao mesmo
tempo, o filme pinta um quadro não muito otimista sobre o regime cubano: mostra uma Havana triste, com muitos desempregados e gente sem
esperança. As pessoas vivem pedindo dinheiro emprestado para comprar comida. Para
contrastar, “Viva” apresenta um sistema público de saúde que funciona para
os mais pobres, principalmente quando Jesus precisa internar o pai gravemente
enfermo. O filme foi premiado em vários festivais pelo mundo afora e
representou a Irlanda na disputa do Oscar 2016 de Melhor Filme Estrangeiro –
foi um dos 9 pré-finalistas. Sua primeira exibição por aqui, antes do circuito
comercial, aconteceu durante o 24º Festival Mix Brasil de Cultura da
Diversidade, em novembro de 2016. Resumo da ópera: um ótimo filme que merece
ser visto por quem aprecia cinema de qualidade.
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