“NORMAN: CONFIE EM MIM.” (“NORMAN: THE MODERATE RISE AND TRAGIC FALL OF THE NEW YORK FIXER”), 2016, é
o primeiro filme em língua inglesa do diretor israelense Joseph Cedar (de “Beaufort”
e “Nota de Rodapé”, ambos indicados ao Oscar de Filme Estrangeiro). A história
é centrada em Norman Oppenheimer (Richard Gere), um sujeito que perambula por
Nova Iorque tentando se aproximar de pessoas de destaque – políticos,
empresários e até religiosos – e se oferecer como intermediário para os mais
variados negócios. Uma espécie de lobista, que se apresenta com um cartão de
visitas com a inscrição “Oppenheimer Strategies”. Um cara chato, inconveniente,
falador ao extremo, que finge ser íntimo de pessoas importantes. Um dia ele
conhece Micha Eschel (Lior Ashkenazi), um político israelense sem muita notoriedade.
Três anos depois, porém, ele é eleito Primeiro Ministro de Israel. Micha não
esquece seu amigo Norman, que três anos antes o presenteou com um caríssimo par
de sapatos. O inverossímil permeia toda a história, a começar pelo personagem
de Gere, cujo comportamento beira a esquizofrenia. Além de Gere e Ashkenazi,
estão no elenco Michael Sheen, Dan Stevens, Charlotte Gainsbourg e Steve
Buscemi. Só para esclarecer: a tradução do título original é “A Ascensão
Modesta e a Queda de um Embrulhão Nova-Iorquino”. Complicado demais, assim como
o filme inteiro. Alguns críticos profissionais gostaram, ressaltando uma certa semelhança
com os filmes de Woody Allen. Discordo totalmente: Allen é infinitamente
melhor.
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