domingo, 13 de agosto de 2017

“BOKEH” (ainda sem tradução por aqui), 2017, EUA/Islândia, roteiro e direção de Geoffrey Orthwein e Andrew Sullivan. Trata-se de uma ficção científica centrada num casal de turistas norte-americanos que resolve passar as férias na Islândia. Um dia, ao acordarem, Riley (Mattew O’Leary) e Jenai (Maika Monroe) se dão conta de que não há viva alma na cidade – deve ser a capital, Reykjavik. Sumiu todo mundo, só ficaram os dois, não há comunicação com o mundo externo, a Internet não funciona. Enfim, estão totalmente isolados. A partir daí, o espectador é envolvido pela expectativa de saber o que aconteceu, assim como qual será o destino dos dois personagens. No início, o casal fica deslumbrado com a situação. Vão ao shopping, escolhem as melhores roupas, vão ao supermercado e levam tudo que interessa, sem pagar nada, pois não há ninguém para cobrar. Um verdadeiro sonho para os consumistas. Mas os dias vão se passando e a pergunta “O que está acontecendo?” vira uma obsessão. Depois vem o tédio. Eles tentam passar o tempo indo pra lá e pra cá buscando uma explicação. A história é inverossímil – claro, é uma ficção científica -, e o transcorrer do filme é entediante, pois nada de importante acontece até o trágico desfecho. Os diálogos, então, são de uma profundidade milimétrica. Mas uma coisa é certa: não dá para não ficar extasiado com os deslumbrantes cenários naturais da Islândia, como as geleiras, a Lagoa Azul, os geysers, os campos de flores e outras paisagens características da ilha. É tudo muito bonito, o que nos faz desconfiar que o filme pode ter sido patrocinado pelo governo da Islândia para incentivar o turismo. Só mais um detalhe: “Bokeh”, o título original, refere-se a um termo em fotografia que significa a validade estética do borrão em imagens fora de foco. Tudo muito estranho, como o filme inteiro.                                       

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