Exibido por aqui como uma das principais atrações do
Festival Varilux de Cinema Francês 2017, o drama “CORAÇÃO E ALMA” (“Réparer Les
Vivants”), de 2015, é o terceiro longa-metragem escrito e dirigido pela
diretora Katell Quillévéré (os dois primeiros foram “Suzanne” e “Um Poison
Violent”) - Katell nasceu na Costa do Marfim e mais tarde mudou para a França, naturalizando-se francesa. O roteiro foi adaptado do livro “Réparer Les Vivants”, de Maylis de
Kerangal, e tem como pano de fundo a importância da doação de órgãos para
salvar vidas. O filme é dividido em três segmentos. O primeiro conta a história
de três jovens que sofrem um grave acidente numa estrada. Um deles, Simon
(Gabin Verdet), entra em coma e logo tem decretada morte cerebral, para
desespero de seus pais, Marianne (Emmanuelle Seigner) e Vincent (Kool Shen). Thomas
Rémige (o ótimo Tahar Rahim), um dos médicos do hospital, tenta convencê-los a permitir a doação dos órgãos de Simon. Começa a segunda história, desta
vez centrada em Claire (Anne Dorval), que tem uma doença cardíaca muito grave
que só um transplante de coração a salvará. Não há muito tempo. Divorciada e
com dois filhos jovens, Claire espera que seus médicos consigam logo um
coração. Enquanto isso, tenta se reconciliar com a amante (Alice Taglione) mais
jovem, uma pianista clássica de grande sucesso. O terceiro e último segmento
explora os preparativos pré-operatórios e a operação em si, mostrada em
detalhes como se fosse uma aula para estudantes de medicina, o que não deixa de ser interessante para nós, os leigos. Não vou contar o
desfecho, deixando no ar a dúvida se a história terá um final feliz ou não. Uma
coisa é certa: trata-se de mais um bom drama francês que merece ser visto.
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