sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Exibido por aqui como uma das principais atrações do Festival Varilux de Cinema Francês 2017, o drama “CORAÇÃO E ALMA” (“Réparer Les Vivants”), de 2015, é o terceiro longa-metragem escrito e dirigido pela diretora Katell Quillévéré (os dois primeiros foram “Suzanne” e “Um Poison Violent”) - Katell nasceu na Costa do Marfim e mais tarde mudou para a França, naturalizando-se francesa. O roteiro foi adaptado do livro “Réparer Les Vivants”, de Maylis de Kerangal, e tem como pano de fundo a importância da doação de órgãos para salvar vidas. O filme é dividido em três segmentos. O primeiro conta a história de três jovens que sofrem um grave acidente numa estrada. Um deles, Simon (Gabin Verdet), entra em coma e logo tem decretada morte cerebral, para desespero de seus pais, Marianne (Emmanuelle Seigner) e Vincent (Kool Shen). Thomas Rémige (o ótimo Tahar Rahim), um dos médicos do hospital, tenta convencê-los a permitir a doação dos órgãos de Simon. Começa a segunda história, desta vez centrada em Claire (Anne Dorval), que tem uma doença cardíaca muito grave que só um transplante de coração a salvará. Não há muito tempo. Divorciada e com dois filhos jovens, Claire espera que seus médicos consigam logo um coração. Enquanto isso, tenta se reconciliar com a amante (Alice Taglione) mais jovem, uma pianista clássica de grande sucesso. O terceiro e último segmento explora os preparativos pré-operatórios e a operação em si, mostrada em detalhes como se fosse uma aula para estudantes de medicina, o que não deixa de ser interessante para nós, os leigos. Não vou contar o desfecho, deixando no ar a dúvida se a história terá um final feliz ou não. Uma coisa é certa: trata-se de mais um bom drama francês que merece ser visto.                                    

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