Jim
Jarmusch é um dos diretores de cinema mais cultuados da atualidade por grande parte dos críticos
especializados. Esse status foi
obtido por filmes autorais como “Flores Partidas”, “Amantes Eternos” e “Estranhos
no Paraíso”, que definiram seu estilo pouco convencional. Com o recente “PATERSON”,
o diretor norte-americano de 64 anos novamente arrancou elogios entusiasmados, transformando-se
numa das grandes sensações do Festival de Cannes 2016. Ambientado na cidade de
Paterson, em Nova Jersey, o filme acompanha o cotidiano de Paterson (Adam
Driver, de “Star Wars”), um motorista de ônibus que adora escrever poesias nas
horas vagas. Ele é casado com Laura (a bela atriz iraniana Golshifteh Farahani),
uma mulher ingênua e infantil que procura seu lugar no mundo profissional, indecisa
entre a música, a culinária ou as artes plásticas. A rotina de Paterson começa
cedo com o café da manhã com Laura, o trabalho de motorista, a cerveja no final
do dia no bar de Doc (Barry Shabaka Henrley) e os passeios com o buldogue
Marvin. E, claro, escrever poesias, que Jarmusch faz questão de reproduzir na
tela – na verdade, o autor delas é o poeta Ron Padgett, a quem o diretor admira
há muitos anos. Como na maioria de seus filmes, Jarmusch mais uma vez reúne
humor, ironia e erudição, tornando “Paterson” um entretenimento inteligente e
acima da média.
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