quinta-feira, 15 de junho de 2017

Jim Jarmusch é um dos diretores de cinema mais cultuados da atualidade por grande parte dos críticos especializados. Esse status foi obtido por filmes autorais como “Flores Partidas”, “Amantes Eternos” e “Estranhos no Paraíso”, que definiram seu estilo pouco convencional. Com o recente “PATERSON”, o diretor norte-americano de 64 anos novamente arrancou elogios entusiasmados, transformando-se numa das grandes sensações do Festival de Cannes 2016. Ambientado na cidade de Paterson, em Nova Jersey, o filme acompanha o cotidiano de Paterson (Adam Driver, de “Star Wars”), um motorista de ônibus que adora escrever poesias nas horas vagas. Ele é casado com Laura (a bela atriz iraniana Golshifteh Farahani), uma mulher ingênua e infantil que procura seu lugar no mundo profissional, indecisa entre a música, a culinária ou as artes plásticas. A rotina de Paterson começa cedo com o café da manhã com Laura, o trabalho de motorista, a cerveja no final do dia no bar de Doc (Barry Shabaka Henrley) e os passeios com o buldogue Marvin. E, claro, escrever poesias, que Jarmusch faz questão de reproduzir na tela – na verdade, o autor delas é o poeta Ron Padgett, a quem o diretor admira há muitos anos. Como na maioria de seus filmes, Jarmusch mais uma vez reúne humor, ironia e erudição, tornando “Paterson” um entretenimento inteligente e acima da média.


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