segunda-feira, 12 de junho de 2017

O filme se chama “DESCONHECIDA” (“Complete Unknown”), mas poderia se chamar “Inexplicável”. Vou tentar explicar o “Inexplicável”, a começar pela história sem pé nem cabeça.  Mulher bonita (Alice - Rachel Weisz) conhece um rapaz num bar. Este a convida para jantar com uma turma de amigos na casa de um deles, Tom (Michael Shannon). Todo mundo fica curioso em conhecê-la. Ela conta que viajou pelo mundo inteiro, trabalhou como bióloga na Tasmânia e até como assistente de mágico na China, entre outras peripécias que deixariam Forrest Gump com vergonha. Será ela uma mentirosa compulsiva ou tudo que disse é verdade? Pior: Tom, que é casado, acaba lembrando da moça, que há muitos anos se chamava Jennifer. Parece que tiveram um romance. Muita coincidência ela aparecer justamente na casa dele. O pessoal sai para dançar numa discoteca. Alice, ou Jennifer, vai embora e Tom sai atrás. Enquanto conversam, uma senhora (Kathy Bates) leva um tombo e eles a socorrem. Alice, ou Jennifer, diz que Tom é médico e que cuidará dela. E por aí vai essa aberração cinematográfica, que inclui uma longa cena com sapos noturnos, que não quer dizer absolutamente nada, assim como o filme inteiro. Inexplicável também é o fato de Rachel Weisz e Michael Shannon, dois bons atores, aceitarem participar de tamanho descalabro. E também Kathy Bates e Danny Glover, estes últimos em rápida aparição, talvez envergonhados. Quem escreveu e dirigiu esse verdadeiro abacaxi foi Joshua Marston, que ficou conhecido depois de dirigir “Maria Cheia de Graça”, filme de 2004, que não é tão ruim como este. Conselho: passe bem longe!    


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