O filme
se chama “DESCONHECIDA” (“Complete Unknown”), mas poderia se chamar “Inexplicável”.
Vou tentar explicar o “Inexplicável”, a começar pela história sem pé nem
cabeça. Mulher bonita (Alice - Rachel
Weisz) conhece um rapaz num bar. Este a convida para jantar com uma turma de
amigos na casa de um deles, Tom (Michael Shannon). Todo mundo fica curioso em conhecê-la. Ela conta que viajou pelo mundo
inteiro, trabalhou como bióloga na Tasmânia e até como assistente de mágico na
China, entre outras peripécias que deixariam Forrest Gump com vergonha. Será
ela uma mentirosa compulsiva ou tudo que disse é verdade? Pior: Tom, que é casado, acaba lembrando da moça, que há muitos
anos se chamava Jennifer. Parece que tiveram um romance. Muita coincidência
ela aparecer justamente na casa dele. O pessoal sai para dançar numa discoteca.
Alice, ou Jennifer, vai embora e Tom sai atrás. Enquanto conversam, uma senhora
(Kathy Bates) leva um tombo e eles a socorrem. Alice, ou Jennifer, diz que Tom
é médico e que cuidará dela. E por aí vai essa aberração cinematográfica, que
inclui uma longa cena com sapos noturnos, que não quer dizer absolutamente
nada, assim como o filme inteiro. Inexplicável também é o fato de Rachel Weisz
e Michael Shannon, dois bons atores, aceitarem participar de tamanho
descalabro. E também Kathy Bates e Danny Glover, estes últimos em rápida
aparição, talvez envergonhados. Quem escreveu e dirigiu esse verdadeiro abacaxi
foi Joshua Marston, que ficou conhecido depois de dirigir “Maria Cheia de Graça”,
filme de 2004, que não é tão ruim como este. Conselho: passe bem longe!
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