domingo, 18 de junho de 2017

Faz algum tempo que Adam Sendler não aparece na telona. Por um bom tempo ele estará só na telinha da TV. O ator norte-americano assinou contrato com a Netflix para protagonizar seis filmes. Os dois primeiros foram “The Ridiculous 6” (2015) e “Zerando a Vida” (2016). O terceiro e mais recente é “SANDY WEXLER” (2017), uma comédia onde Sendler aparece como o personagem do título, um empresário mequetrefe de Los Angeles que no início dos anos 90 – período em que a história é ambientada – agenciava os mais diferentes artistas, desde um ventríloquo, um lutador de luta-livre e até um acrobata saltador de obstáculos, cujas apresentações sempre acabavam em fracassos e fraturas. Até que um dia Wexler descobre, fazendo show num parque de diversões, a cantora Courtney Clarke (Jennifer Hudson). Ela logo se transforma num grande sucesso comercial, uma estrela da música pop. Com seu jeito abobalhado e inconveniente, Wexler desperdiça o momento e cai em desgraça, enquanto Courtney alavanca cada vez mais sua carreira artística. O filme, dirigido por Steven Brill (“A Herança de Mr. Deeds” e “Ligeiramente Grávidos”), foi escrito pelo trio de roteiristas Dan Bulla, Paul Sado e Tim Herlihy, que se inspiraram na trajetória de um empresário chamado Sandy Wernick, que realmente existiu e ganhou uma certa notoriedade na década de 90. O filme conta com rápidas aparições de comediantes, atores e celebridades do cinema e da TV, como Jay Leno, John Lovitz, Chris Rock, Jimmy Kimmel, David Spade e Pauly Shore, além das participações especiais de Rob Schneider, Kevin James, Terry Crews e Jane Seymour, ainda bonita e em grande forma aos 66 anos. O personagem vivido por Sendler é irritante ao extremo, inconveniente e completamente sem graça, como o filme inteiro – a não ser uma única cena onde ele é manipulado pelo ventríloquo. Sendler é o chato de sempre, caprichando para ser o mais abobado possível, parecendo um Jerry Lewis com surto de debilidade mental. O filme é muito fraco e longo demais: 2h10. Para quem gosta de cinema de qualidade, trata-se de um atentado ao intelecto.  

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