O drama “PAULINA” (“La Patota”), 2015, Argentina,
escrito e dirigido por Santiago Mitre, explora um tema dos mais polêmicos: o
estupro. Trata-se, na verdade, da refilmagem do clássico – também argentino – “La Patota”, de
1961. A história é centrada na advogada Paulina (Dolores Fonzi), que desiste de
uma promissora carreira na área jurídica para se embrenhar numa zona rural
pobre e ensinar política aos jovens da região. Ela quer formar cidadãos
responsáveis, afirma ao pai, o juiz Fernando (Oscar Martinez, de “Inseparáveis”
e “O Cidadão Ilustre”), que não se conforma com a decisão de certa forma
irresponsável da filha. Numa noite em que pega emprestada a moto de uma amiga,
Paulina é atacada por um grupo de jovens e estuprada. O pai exige que a polícia
investigue o caso e prenda os agressores, mesmo que não conte com a colaboração
de Paulina. Sua atitude passiva em relação ao que ocorreu revolta o pai, cujo
desejo é fazer uma vingança sem piedade. A situação se complica ainda mais
quando uma consequência do estupro é revelada. Dolores Fonzi, que foi casada
com o ator mexicano Gael García Bernal, é uma das atrizes de maior evidência na
Argentina. Além de bonita, é excelente atriz. O filme foi escrito e dirigido
por Santiago Mitre (“La Cordillera”) e teve como um dos produtores o diretor
brasileiro Walter Salles. Exibido por aqui durante a 39ª Mostra Internacional
de Cinema de São Paulo, em outubro de 2015, “Paulina” venceu o Prêmio da Semana
da Crítica no Festival de Cannes 2015. Mais um bom filme argentino que merece ser visto.
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