sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017



Quando foi exibido pela primeira fez no Festival de Sundance (EUA), em janeiro de 2016, o drama histórico “O NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO” (“The Birth of a Nation”) foi apontado como um dos filmes favoritos a receber algumas indicações ao Oscar 2017. Ao mesmo tempo, uma revista publicou que o ator e diretor Nate Parker esteve envolvido no estupro de uma moça em 1999. Foi o suficiente para a conservadora sociedade norte-americana condenar o filme ao ostracismo. Ao ser lançado nos cinemas de lá, o público praticamente boicotou o filme. Além disso, também não foi indicado em nenhuma categoria ao Oscar 2017, ao contrário de “12 Anos de Escravidão”, de 2013, que explora o mesmo tema e recebeu 9 indicações. “The Birth of a Nation” conta a história, baseada em fatos reais, do primeiro levante dos escravos negros contra a escravidão, em 1831, que resultou na morte de 60 fazendeiros senhores de escravos, no Estado da Virginia, sul dos EUA. O filme acompanha a trajetória de Nat Turner (o próprio Nate Parker) desde a infância na fazenda de algodão de Samuel Turner (Armie Hammer). Nat cresceu colhendo algodão e lendo livros emprestados pela esposa do patrão, Elizabeth (Penelope Ann Miller). Através da leitura, Nat adquiriu o poder da oratória e virou pregador. Até o dia em que os fazendeiros brancos resolvem, como era hábito na época, estuprar algumas escravas, incluindo a esposa de Nat, que, revoltado, resolve comandar o tal levante. O filme é ótimo e merecia um destino melhor. Vale a pena assisti-lo pelo menos para conhecer um importante fato histórico dos EUA, o embrião da Guerra de Secessão, 30 anos mais tarde.                                       

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