Quando
foi exibido pela primeira fez no Festival de Sundance (EUA), em janeiro de 2016,
o drama histórico “O NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO” (“The Birth of a Nation”)
foi apontado como um dos filmes favoritos a receber algumas indicações ao Oscar 2017. Ao
mesmo tempo, uma revista publicou que o ator e diretor Nate Parker esteve
envolvido no estupro de uma moça em 1999. Foi o suficiente para a conservadora
sociedade norte-americana condenar o filme ao ostracismo. Ao ser lançado nos
cinemas de lá, o público praticamente boicotou o filme. Além disso, também não
foi indicado em nenhuma categoria ao Oscar 2017, ao contrário de “12 Anos de
Escravidão”, de 2013, que explora o mesmo tema e recebeu 9 indicações. “The
Birth of a Nation” conta a história, baseada em fatos reais, do primeiro
levante dos escravos negros contra a escravidão, em 1831, que resultou na morte
de 60 fazendeiros senhores de escravos, no Estado da Virginia, sul dos EUA. O filme
acompanha a trajetória de Nat Turner (o próprio Nate Parker) desde a infância
na fazenda de algodão de Samuel Turner (Armie Hammer). Nat cresceu colhendo
algodão e lendo livros emprestados pela esposa do patrão, Elizabeth (Penelope
Ann Miller). Através da leitura, Nat adquiriu o poder da oratória e virou
pregador. Até o dia em que os fazendeiros brancos resolvem, como era hábito na
época, estuprar algumas escravas, incluindo a esposa de Nat, que, revoltado, resolve
comandar o tal levante. O filme é ótimo e merecia um destino melhor. Vale a
pena assisti-lo pelo menos para conhecer um importante fato histórico dos EUA, o embrião da Guerra de Secessão, 30 anos mais tarde.
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