Nunca
fui muito fã de filmes musicais. Sempre achei uma chatice monumental aquelas
cenas em que, no meio de um diálogo, um dos personagens começa a cantar. Confesso,
porém, que gostei de musicais como “All the Jazz” e “Cabaret”, por exemplo, mais pelas
ótimas trilhas sonoras e coreografias. Ao assistir “LA LA LAND – CANTANDO ESTAÇÕES”
(“LA LA LAND”), tentei evitar comparações com os filmes citados e
com aqueles musicais de antigamente. Impossível, mesmo porque o jovem roteirista
e diretor norte-americano Damien Chazelle, de apenas 32 anos de idade, elaborou
grande parte das coreografias baseado nos musicais antigos, inclusive “Cantando
na Chuva”. Claro que Ryan Gosling não é Fred Astaire ou Gene Kelly, longe
disso, assim como Emma Stone não é Ginger Rogers ou Cyd Charisse. De qualquer
forma, o filme é bastante agradável, tem alguns ótimos números de dança, música
de qualidade e uma fotografia deslumbrante, principalmente nas cenas noturnas,
mostrando uma Los Angeles em luz neon, criando aquele visual nostálgico dos
musicais das décadas de 30/40/50. A história: O pianista de jazz Sebastian
(Gosling) chega a Los Angeles disposto a ingressar em alguma banda que toca o
jazz tradicional. Ele acaba conhecendo Mia (Emma Stone), uma atendente de cafeteria
aspirante a atriz. Os dois se apaixonam e querem viver juntos para sempre, mas
cada um tem seus sonhos e desejam concretizá-los, nem que para isso tenham de
colocar o amor em segundo plano. O filme conquistou
7 prêmios “Globo de Ouro” e foi indicado para concorrer ao Oscar 2017 em 14
categorias. Mesmo que seja um belo filme, achei exagero tantas indicações. Do mesmo jovem e talentoso diretor, gostei muito mais do espetacular “Whiplash:
Em Busca da Perfeição”.
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