segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017



Nunca fui muito fã de filmes musicais. Sempre achei uma chatice monumental aquelas cenas em que, no meio de um diálogo, um dos personagens começa a cantar. Confesso, porém, que gostei de musicais como “All the Jazz” e “Cabaret”, por exemplo, mais pelas ótimas trilhas sonoras e coreografias. Ao assistir “LA LA LAND – CANTANDO ESTAÇÕES” (“LA LA LAND”), tentei evitar comparações com os filmes citados e com aqueles musicais de antigamente. Impossível, mesmo porque o jovem roteirista e diretor norte-americano Damien Chazelle, de apenas 32 anos de idade, elaborou grande parte das coreografias baseado nos musicais antigos, inclusive “Cantando na Chuva”. Claro que Ryan Gosling não é Fred Astaire ou Gene Kelly, longe disso, assim como Emma Stone não é Ginger Rogers ou Cyd Charisse. De qualquer forma, o filme é bastante agradável, tem alguns ótimos números de dança, música de qualidade e uma fotografia deslumbrante, principalmente nas cenas noturnas, mostrando uma Los Angeles em luz neon, criando aquele visual nostálgico dos musicais das décadas de 30/40/50. A história: O pianista de jazz Sebastian (Gosling) chega a Los Angeles disposto a ingressar em alguma banda que toca o jazz tradicional. Ele acaba conhecendo Mia (Emma Stone), uma atendente de cafeteria aspirante a atriz. Os dois se apaixonam e querem viver juntos para sempre, mas cada um tem seus sonhos e desejam concretizá-los, nem que para isso tenham de colocar o amor em segundo plano. O filme conquistou 7 prêmios “Globo de Ouro” e foi indicado para concorrer ao Oscar 2017 em 14 categorias. Mesmo que seja um belo filme, achei exagero tantas indicações. Do mesmo jovem e talentoso diretor, gostei muito mais do espetacular “Whiplash: Em Busca da Perfeição”.                               

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