“O MAR DAS ÁRVORES” (“The Sea of
Trees”), 2015, EUA, direção de Gus Van Sant. O
jornalista norte-para o
Japão com o objetivo de cometer suicídio. Como cenário do ato final, escolhe a
floresta Aokigahara, aos pés do Monte Fuji, também conhecida como “Purgatório” (ele achou o lugar no Google ao digitar "O melhor lugar para morrer"). Quando está prestes a ingerir os comprimidos fatais, ele se depara com um japonês
que está lá com a intenção de também tirar a própria vida. Conversa vai
conversa vem, o japonês se apresenta como Tajumi Nakamura (Ken Watanabe), um
executivo que acaba de ser demitido de sua empresa e, como tal, se sente
envergonhado perante a família, o que justifica um “haraquiri”. No caso de Brennam,
o filme relembra, em flashbakcs, o seu
casamento em crise com Joan (Naomi Watts) e depois uma tragédia que o levará à
floresta do Japão. Numa inexplicável mudança de planos, os dois tentarão sobreviver
na floresta e encontrar uma saída que os leve de volta à vida e à civilização.
O filme tem um pano de fundo espiritual envolvendo a Natureza, o que o torna
ainda mais chato e enfadonho, principalmente por causa da profundidade milimétrica dos diálogos. Culpa do criador da história, o roteirista Chris
Sparling (”Enterrado Vivo”), e do próprio diretor Gus Van Sant, cujo currículo
é bastante irregular, apesar de ter dirigido o sucesso “Gênio Indomável” e o aclamado
“Milk: A Voz da Igualdade”. Apesar disso, não descarte “O Mar de Árvores”,
principalmente se você sofrer de insônia. É um ótimo sonífero. Inacreditável que três astros tão
competentes tenham participado de tamanha bomba. Não foi à toa que o filme, ao
final de sua exibição na mostra competitiva do 68º Festival de Cannes, em 2015, foi vaiado intensamente pelo público, críticos e jornalistas. Minha reação foi a mesma: Uuuuuuuuuuu!
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