“ATÉ O ÚLTIMO HOMEM” (“Hacksaw
Ridge”), 2016, Austrália/EUA, roteiro da dupla Andrew
Knight e Robert Schenkkan e a direção de Mel Gibson, é um épico de guerra que
resgata um dos mais extraordinários episódios de heroísmo ocorrido durante a II
Grande Guerra (1939/1945). A história é centrada em Desmond Doss (Andrew
Garfield), um jovem norte-americano que se alistou voluntariamente, mas que,
por questões religiosas (ele era adventista do Sétimo Dia), se recusou a pegar em armas. Sua intenção era ajudar
as equipes médicas do exército a salvar vidas. A primeira metade do filme é dedicada ao
treinamento de Doss e seus esforços para convencer os comandantes a deixá-lo ir
para o campo de batalha sem empunhar uma arma, baseado no conceito constitucional
norte-americano do “Opositor Consciente”. Chegou a ser preso e julgado por uma
Corte Marcial, mas ganhou o direito de continuar servindo. Seu batalhão foi enviado
para Okinawa para combater os japoneses. Resumindo: Doss virou herói ao salvar,
sozinho, nada menos do que 75 soldados feridos em combate. Uma façanha que o
tornou o primeiro “Opositor Consciente” a ser condecorado com a Medalha de
Honra do Congresso. Indicado ao Oscar 2017 em seis categorias, incluindo Direção,
Melhor Ator e Melhor Filme, “Até o Último Homem” realmente é um filme
espetacular. As cenas de batalha são sensacionais, talvez as melhores que já vi
no cinema, e a história de heroísmo é incrível, mostrando a coragem de um homem
cuja força era mais baseada na fé do que na força física (Mel
Gibson é um católico fervoroso). O elenco conta ainda com Teresa Palmer, Vince
Vaughn, Hugo Weaving, Sam Worthington e Rachel Griffiths. Não deixe de ver os
créditos finais, quando o verdadeiro Desmond Doss e outros personagens aparecem
dando depoimentos sobre o que aconteceu. Cinema da melhor qualidade. Imperdível!
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