“BELGICA”, 2016,
é o segundo filme escrito e dirigido pelo diretor belga Felix van Groeningen,
que já havia nos brindado com o espetacular “Alabama Monroe”, de 2012, indicado
naquele ano para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Para escrever a história
de “Belgica”, Groeningen conta que se baseou nas memórias do pai, Jo van
Groeningen, que durante anos foi dono de uma casa noturna na cidade de Ghent,
capital de Flanders Oriental. A história de “Belgica”, um bar/discoteca, é
centrada nos irmãos Frank (Tom Vermeir) e Jo (Stef Aerts), que fundaram e
administram a casa. Eles começam a ganhar muito dinheiro com o negócio, mas
Frank, o mais velho, é irresponsável, gasta tudo em cocaína e em festas com
muitas mulheres, apesar de ser casado. Jo é mais introvertido e responsável,
apesar de também gostar de cheirar umas carreiras, mas tem uma namorada fixa. Grande
parte do filme é dedicada aos shows apresentados na casa. Muito barulho,
ambiente esfumaçado e brigas entre os frequentadores bêbados. Já que o bar não
tem seguranças, são os próprios irmãos e alguns funcionários, inclusive mulheres, os
responsáveis por manter a ordem e colocar para fora os arruaceiros. O
relacionamento entre os irmãos começa a se desgastar por causa da
irresponsabilidade de Frank, fator que, somado às dívidas acumuladas, ameaçam a
sobrevivência do negócio. É um filme pesado, com personagens histéricos, muita
gritaria, discussões e festas regadas a muita bebida e cocaína, o que pode desagradar e incomodar os espectadores
mais sensíveis. Trata-se de um filme bastante interessante e Groeningen ainda tem crédito de sobra por ter feito “Alabama Monroe”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário