terça-feira, 31 de janeiro de 2017

“BELGICA”, 2016, é o segundo filme escrito e dirigido pelo diretor belga Felix van Groeningen, que já havia nos brindado com o espetacular “Alabama Monroe”, de 2012, indicado naquele ano para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Para escrever a história de “Belgica”, Groeningen conta que se baseou nas memórias do pai, Jo van Groeningen, que durante anos foi dono de uma casa noturna na cidade de Ghent, capital de Flanders Oriental. A história de “Belgica”, um bar/discoteca, é centrada nos irmãos Frank (Tom Vermeir) e Jo (Stef Aerts), que fundaram e administram a casa. Eles começam a ganhar muito dinheiro com o negócio, mas Frank, o mais velho, é irresponsável, gasta tudo em cocaína e em festas com muitas mulheres, apesar de ser casado. Jo é mais introvertido e responsável, apesar de também gostar de cheirar umas carreiras, mas tem uma namorada fixa. Grande parte do filme é dedicada aos shows apresentados na casa. Muito barulho, ambiente esfumaçado e brigas entre os frequentadores bêbados. Já que o bar não tem seguranças, são os próprios irmãos e alguns funcionários, inclusive mulheres, os responsáveis por manter a ordem e colocar para fora os arruaceiros. O relacionamento entre os irmãos começa a se desgastar por causa da irresponsabilidade de Frank, fator que, somado às dívidas acumuladas, ameaçam a sobrevivência do negócio. É um filme pesado, com personagens histéricos, muita gritaria, discussões e festas regadas a muita bebida e cocaína, o que pode desagradar e incomodar os espectadores mais sensíveis. Trata-se de um filme bastante interessante e Groeningen ainda tem crédito de sobra por ter feito “Alabama Monroe”.                            

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