segunda-feira, 3 de outubro de 2016

“BIZARRE”, França, 2015, escrito e dirigido por Étienne Faure (é o seu longa-metragem de estreia como diretor). A história é centrada no jovem Maurice (Pierre Prieur), de 18 anos, francês radicado em Nova Iorque. Maurice faz bicos em lanchonetes e dorme na rua. Não há qualquer referência ao seu passado, como chegou aos EUA e nem se é imigrante legal ou ilegal, mistérios que você acha que serão esclarecidos até o final da história, o que não acontece, o que, para mim, é uma das grandes falhas do roteiro. Enfim, Maurice começa a trabalhar num cabaré do Brooklyn chamado “Bizarre”, famoso por apresentar, ao vivo, shows dos mais bizarros, reunindo artistas com deficiência física, sexo explícito e outras atrações exóticas e inusitadas. Um retrato bastante realista da decadência do ser humano. Maurice é acolhido na casa das donas do cabaré, Kim (Raquel Nave) e Betty (Rebekah Underhill), com as quais terá um relacionamento muito especial. Maurice também encontrará apoio na amizade com o jovem homossexual Luka (Adrian James), também funcionário do cabaré. O filme transcorre numa sequência de situações sem muita importância para o enredo, como os números musicais bizarros do cabaré, explorados ao máximo pelo diretor como forma de preencher o vazio entediante da história. O resultado final é um filme desagradável de assistir e, portanto, não recomendável. O filme foi exibido por aqui durante a 39ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e concorreu à premiação do Festival de Berlim/2015.          

                                  

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