terça-feira, 27 de setembro de 2016

 

“AS MONTANHAS SE SEPARAM” (“Shan He Gu Ren”), China, 2015, direção de Zhang-Ke Jia (“Um Toque de Pecado” e “Em Busca da Vida”). A história começa em 1999, na província de Shanxi. A jovem Tao (Zhao Tao), 18 anos, é disputada por dois amigos de infância, Zhang Jinsheng (Yi Zhang) e Liangzi (Jing Dong Liang). Zhang é proprietário de um posto de gasolina, rico, empreendedor. Liangzi é pobre, trabalha numa mina de carvão. Tao acaba casando com Zhang, enquanto Liangzi, para fugir da mulher amada, muda de cidade para tentar uma vida nova. Aí o filme pula para 2014. Tao está separada do marido e perde a guarda do filho, enquanto Liangzi, muito doente, volta para Shanxi com a mulher e o filho. O filme dá mais um salto e chega a 2025. Estamos na Austrália e, a partir daí, a história fica centrada no filho de Tao e Zhang, já um rapaz, e sua relação de amizade com a professora Mia (Sylvia Chang). O clima do filme é novelesco, melodramático, e alguns fatos incoerentes prejudicam o seu desenrolar, como o sumiço repentino e inexplicável de alguns personagens até então importantes, como Liangzi e a própria Tao. Resumindo, o filme é fraco, um tanto enfadonho, embora tenha uma bela fotografia e cenários deslumbrantes. O filme foi exibido na competição oficial do Festival de Cannes 2015, sendo recebido sem muito entusiasmo.                       

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