quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Adicione humor negro, cenas bizarras e doses caprichadas de surreal. Misture bem e você terá um filme como “QUEDA LIVRE” (“SZABADESÉS”), Hungria, 2014. Ao assistir, não tente entender o que está acontecendo. Apenas assista. Vou tentar explicar o roteiro. Uma idosa (Piroska Molnar) tenta o suicídio pulando do alto de um prédio de sete andares. Não consegue seu intento e volta ao prédio para tentar de novo. O elevador está quebrado e ela é obrigada a subir pelas escadas. À medida que passa pelos andares, uma história diferente acontece, sempre ligada a um determinado apartamento daquele piso. A aula de um guru; uma festa chique com a anfitriã nua; um boi jantando com uma família; um casal com fobia de germes fazendo sexo envolto em plástico; um ginecologista fazendo um parto ao contrário, ou seja, colocando o bebê de volta na mulher... E o filme segue até o fim mostrando essa série de situações absurdas, fruto certamente de uma mente doentia, no caso a do diretor húngaro Pálfi György, que também é autor do roteiro. Como já havia feito em filmes como “Taxidermia”, de 2006, György quis chocar a plateia. O filme integrou a mostra “Digital Project” do Festival de Cinema de Jeonju (Coreia do Sul). Vale a pena assistir para conhecer um projeto tão esquisito.                        

Nenhum comentário: