“1001 GRAMAS” (“1001 Grams”), 2014, Noruega, direção de Bent Hamer. Com a minha habitual modéstia cinematográfica, confesso que até a
metade do filme tentei entender o que estava acontecendo. Na segunda metade, até
o final, captei algum sentido na história, mas mesmo assim acabei meio perdido
nas elucubrações de Hamer, que já havia escrito e dirigido outros filmes
esquisitos, como “Caro Sr. Horten”. O enredo, por si só, já é árido. A
cientista Marie (Anne Dahl Torp) trabalha no Instituto de Medidas da Noruega
juntamente com seu pai Ernst (Stein Winge), este um renomado cientista. Marie
vive um momento difícil pós-separação e está bastante deprimida. Às vésperas de
uma conferência científica sobre pesos e medidas em Paris, da qual participaria
levando o protótipo do “quilo padrão” da Noruega, Ernst fica doente. Marie,
então, é encarregada da missão e embarca para Paris levando o tal protótipo
para apresentar na convenção. Não sei se isso acontece de verdade, mas,
venhamos e convenhamos, não é um tema de fácil assimilação para nós, mortais e
leigos espectadores. A depressiva Marie aparece com cara de profunda tristeza em
todas as cenas e só é capaz de um sorriso no desfecho, quando está transando
com o amante parisiense e tenta calcular a medida do que está lhe causando
tanta satisfação. Ah, pelo menos o título do filme é explicado, mas não vou
contar para não estragar a surpresa.
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