Representante
da Áustria na disputa do Oscar 2016 de Melhor Filme Estrangeiro, “BOA NOITE, MAMÃE” (“Ich Seh, Ich Seh”) é um terror psicológico dos melhores. Não
economiza nos sustos, nas torturas sádicas e no clima de tensão que percorre
toda a duração do filme (1h40). Toda a ação é ambientada numa bela casa à beira
de um lago. Os irmãos gêmeos Lukas (Lukas Schwarz) e Elias (Elias Schwarz), de
9 anos, recebem a mãe de volta do hospital, onde passou por uma cirurgia de reconstrução
facial depois de um acidente. Dia após dia, Lukas e Elias reparam que as atitudes
e o comportamento da mãe mudaram e passam a desconfiar que a mulher não passa
de uma farsante. O desenrolar dos acontecimentos também leva o espectador a
duvidar da real identidade da mulher, mas, ao mesmo tempo, faz acreditar que
ela pode ser a verdadeira mãe. Os gêmeos, porém, não têm dúvida: a mulher não é
sua mãe verdadeira. Criar a expectativa sobre o que vai acontecer no final é o
grande mérito do roteiro, escrito pela dupla Veronica Franz e Severin Fiala –
eles também dirigiram. Aliás, sou obrigado a confessar: terminou o filme e eu
não soube definir o que aconteceu. Assista e tire suas próprias conclusões.
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