Baseada
nas últimas semanas de vida do poeta romântico alemão Heinrich von Kleist, em
1811, a austríaca Jessica Hausner escreveu o roteiro e dirigiu “AMOR LOUCO” (“AMOUR
FOU”), 2014. Em dificuldades financeiras e em crise existencial, Kleist fica
obcecado pela ideia de se suicidar. O problema é que ele não quer morrer
sozinho. Quer um suicídio duplo, conforme manda a tradição romântica da época,
de preferência junto com a mulher amada. Ele tenta persuadir a prima Marie a
entrar no seu jogo trágico. Não consegue. Então desvia sua atenção para a bela
Henriette Vogel (Birte Schonoeink), esposa de um empresário bem sucedido que o
recebe em casa para os saraus de sexta-feira, onde o poeta recita seus novos poemas
e Henriette canta para os convidados. De início, Henriette foge ao assédio de
Kleist. Porém, poderá mudar de ideia quando descobre que sofre de uma doença incurável e
tem pouco tempo de vida. O tratamento dado à história é bastante teatral, a
casa de Henriette funcionando como palco. Na maioria das cenas, Hausner utiliza
a câmera fixa, com enquadramentos que lembram quadros de pintores clássicos da
época. O filme foi apresentado no Festival de Cannes e venceu o Prêmio de Melhor
Filme no Lisbon/ Estoril Film Festival. Alerto: não é um filme fácil de
assistir. É monótono e, em alguns momentos, como nas cantorias dos saraus, terrivelmente
entediante.
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