quinta-feira, 7 de julho de 2016

“A TERRA E A SOMBRA” (“La Tierra y La Sombra”), 2015, Colômbia, marca a estreia na direção de longas de César Acevedo. Uma bela estreia, aliás, pois o filme é muito bom. Toda a história é ambientada numa região de plantações de cana-de-açúcar. O filme começa com a volta de Alfonso (Haimer Leal), depois de 17 anos, à sua antiga casa, onde vivem seu filho, a nora, o neto e sua antiga esposa. Seu filho Gerardo (Edison Raigosa) está gravemente doente, o que obrigou sua esposa Esperanza (Marleyda Soto) e sua mãe Alícia (Hilda Ruiz) a trabalhar como cortadoras de cana para suprir as despesas da casa. O filme é impactante ao mostrar a realidade nada fácil dos cortadores de cana, que trabalham muito e em condições insalubres, ganham mal e vivem abaixo da linha da miséria. Gerardo, por exemplo, que trabalhava como cortador de cana, acabou tendo sérios problemas respiratórios que o paralisaram na cama. Diante de tantas dificuldades, a família de Alfonso permanece unida e com força para seguir adiante. Todos os atores são amadores e suas faces sofridas fornecem maior credibilidade aos personagens. O filme conquistou o Prêmio “Caméra D’Or” (melhor filme de diretor estreante) e o Grande Prêmio da Mostra Semana da Crítica do Festival de Cannes 2016. Por aqui, foi exibido na 39ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em outubro de 2015. Um belo filme a ser conferido. 

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