“A TERRA E A SOMBRA” (“La Tierra y La Sombra”), 2015, Colômbia, marca a estreia na direção
de longas de César Acevedo. Uma bela estreia, aliás, pois o filme é muito bom. Toda
a história é ambientada numa região de plantações de cana-de-açúcar. O filme
começa com a volta de Alfonso (Haimer Leal), depois de 17 anos, à sua antiga
casa, onde vivem seu filho, a nora, o neto e sua antiga esposa. Seu filho
Gerardo (Edison Raigosa) está gravemente doente, o que obrigou sua esposa Esperanza
(Marleyda Soto) e sua mãe Alícia (Hilda Ruiz) a trabalhar como cortadoras de
cana para suprir as despesas da casa. O filme é impactante ao mostrar a
realidade nada fácil dos cortadores de cana, que trabalham muito e em condições
insalubres, ganham mal e vivem abaixo da linha da miséria. Gerardo, por
exemplo, que trabalhava como cortador de cana, acabou tendo sérios problemas
respiratórios que o paralisaram na cama. Diante de tantas dificuldades, a
família de Alfonso permanece unida e com força para seguir adiante. Todos os
atores são amadores e suas faces sofridas fornecem maior credibilidade aos
personagens. O filme conquistou o Prêmio “Caméra D’Or” (melhor filme de diretor
estreante) e o Grande Prêmio da Mostra Semana da Crítica do Festival de Cannes
2016. Por aqui, foi exibido na 39ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em outubro de 2015. Um belo filme a ser conferido.
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