“AMOR E REVOLUÇÃO” (“Colonia”), 2015, Alemanha, direção de Florian Gallenberger ("Sombras do Passado"), é mais um drama histórico
inspirado em fatos reais ocorridos logo após a instalação da ditadura militar
no Chile. Mais um capítulo obscuro – e desconhecido, pelo menos para mim – do infame
regime comandado por Augusto Pinochet. Às vésperas do golpe militar, militantes
esquerdistas do mundo inteiro estão no Chile para defender o governo de
Salvador Allende. Um deles é o fotógrafo e artista plástico alemão Daniel (Daniel
Brühl), que em Santiago reencontra sua namorada alemã, a aeromoça Lena (Emma
Watson). Depois de uma noite de amor, eles acordam logo após o golpe militar e
saem às ruas. Disfarçadamente, ele fotografa a violência da repressão, só que é
descoberto, preso e enviado para uma prisão militar secreta, no subsolo de uma
fazenda intitulada Colonia Dignidad, cujos moradores são fanáticos seguidores
de um pregador embusteiro e violento, Paul Schäfer (Michael Nyqvist). Aqui, Daniel é
violentamente torturado e, fingindo desequilíbrio mental, acaba como um dos membros
da seita. Lena descobre o seu paradeiro e também ingressa na seita. Lena e
Daniel se reencontram e começam a planejar sua fuga. A partir daí, o filme entra
num clima de tensão que vai até o final, quando tentam sair do Chile. A
produção do filme é uma verdadeira salada mista: é uma coprodução Alemanha/Luxemburgo/França,
é falado em inglês, o diretor é alemão, assim como Brühl e parte do elenco,
Emma Watson (dos filmes de Harry Potter) é francesa, mas criada na Inglaterra,
e Nyqvist é sueco. O resultado final não ficou tão bom, embora valha a pena
assistir pela história. Há outros filmes muito melhores sobre o período
da ditadura chilena, como “No”, “Post Mortem”, "Machuca" e “Missing”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário