terça-feira, 19 de julho de 2016

“AMOR E REVOLUÇÃO” (“Colonia”), 2015, Alemanha, direção de Florian Gallenberger ("Sombras do Passado"), é mais um drama histórico inspirado em fatos reais ocorridos logo após a instalação da ditadura militar no Chile. Mais um capítulo obscuro – e desconhecido, pelo menos para mim – do infame regime comandado por Augusto Pinochet. Às vésperas do golpe militar, militantes esquerdistas do mundo inteiro estão no Chile para defender o governo de Salvador Allende. Um deles é o fotógrafo e artista plástico alemão Daniel (Daniel Brühl), que em Santiago reencontra sua namorada alemã, a aeromoça Lena (Emma Watson). Depois de uma noite de amor, eles acordam logo após o golpe militar e saem às ruas. Disfarçadamente, ele fotografa a violência da repressão, só que é descoberto, preso e enviado para uma prisão militar secreta, no subsolo de uma fazenda intitulada Colonia Dignidad, cujos moradores são fanáticos seguidores de um pregador embusteiro e violento, Paul Schäfer (Michael Nyqvist). Aqui, Daniel é violentamente torturado e, fingindo desequilíbrio mental, acaba como um dos membros da seita. Lena descobre o seu paradeiro e também ingressa na seita. Lena e Daniel se reencontram e começam a planejar sua fuga. A partir daí, o filme entra num clima de tensão que vai até o final, quando tentam sair do Chile. A produção do filme é uma verdadeira salada mista: é uma coprodução Alemanha/Luxemburgo/França, é falado em inglês, o diretor é alemão, assim como Brühl e parte do elenco, Emma Watson (dos filmes de Harry Potter) é francesa, mas criada na Inglaterra, e Nyqvist é sueco. O resultado final não ficou tão bom, embora valha a pena assistir pela história. Há outros filmes muito melhores sobre o período da ditadura chilena, como “No”, “Post Mortem”, "Machuca" e “Missing”.                              

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