“DIPLOMACIA” (“Diplomatie”), 2015, co-produção França/Alemanha, com direção do alemão Volker
Schlöndorff (“O Tambor”). Quando as forças aliadas estavam às portas de Paris,
em agosto de 1944, Hitler deu ordem ao General Dietrich Von Cholitz de destruir
a cidade, dinamitando o Louvre, as pontes do Rio Sena, a Torre Eiffel, a Igreja
de Notre Dame e outros monumentos históricos. Aí entra em cena Raoul Nordling,
Cônsul Geral da Suécia, para tentar convencer Cholitz a não obedecer à ordem do
líder nazista. Esta é uma história de ficção, criada pelo dramaturgo e roteirista
Cyril Geily para ser encenada como uma peça de teatro, o que de fato ocorreu em
2011, com a mesma dupla de atores do filme, Andre Dussollier (Nordling) e Niels
Arestrup (Von Cholitz). Embora a ação se desenvolva praticamente dentro de uma
sala de hotel (Meurice), com os protagonistas dialogando o tempo inteiro, o
filme em nenhum momento fica monótono ou cansativo. Os argumentos utilizados
pelo cônsul sueco para convencer o oficial alemão representam uma verdadeira
declaração de amor a Paris. Por seu lado, Cholitz defende sua posição de subserviente,
pois um soldado deve sempre obedecer às ordens dos seus superiores. Os diálogos
são muito interessantes, de muita erudição. Mas o destaque mesmo é o desempenho da dupla de atores, Dussollier (dos filmes de Alain Resnais) e Arestrup ("O Profeta"), dois monstros sagrados da arte cênica francesa. O filme ganhou o César (Oscar
francês) de Melhor Roteiro Adaptado. Imperdível!
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