O
drama histórico finlandês “LÁGRIMAS DE ABRIL” (“Käsky”), 2008, direção de Aku Louhimies, utiliza
como pano de fundo a guerra civil de 1918 na Finlândia, que matou 37 mil civis
e combatentes. O conflito colocou frente à frente os Vermelhos
(social-democratas apoiados pela Rússia) e os Brancos (de direita, apoiados pelo Império
Alemão). O filme conta a história de um episódio relatado no livro da escritora
Leena Lander. Os Brancos prendem um pelotão constituído por 2.000 mulheres que
lutavam pelos Vermelhos. Todas foram fuziladas e apenas uma sobreviveu, Miina
Malin (a bela Pihla Viitala). Aaro Harjula (Samuel Vauramo), soldado dos
Brancos, se sensibiliza com a situação da prisioneira e resolve assumir a
responsabilidade de levá-la para julgamento na Corte Marcial. A história, a
partir daí, destaca o relacionamento de Miina e Aaro durante a viagem,
culminando com a fase de julgamento, a cargo do juiz Emil Allenberg (Eero Aho,
em brilhante atuação). Exibido em duas ocasiões na Mostra Internacional de
Cinema de São Paulo (2009 e 2015), o filme finlandês é muito bom, alternando ação, suspense e romance, além de uma fotografia esplendorosa. Mais do que isso, relembra um fato histórico pouco conhecido por aqui.
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