quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O drama inglês “O DANÇARINO DO DESERTO” (“DESERT DANCER”), 2013, conta uma incrível história de coragem e amor à arte. No caso, a dança. Baseado em fatos reais recentes ocorridos no Irã, o filme marca a estreia em longas do diretor inglês Richard Raymond. A história: desde criança, o garoto iraniano Afshin Ghaffarian (Reece Ritchie) adorava dançar. No colégio, era comum ele imitar a coreografia de Patrick Swayze em “Dirty Dancing”. Acontece que dançar em público, no país de Ahmadinejad, era e ainda é proibido. Afshin esqueceu a dança até ingressar na faculdade em Teerã, capital do País. Aqui, formou um grupo clandestino de dança, associando-se a Elaheh (a atriz indiana Freida Pinto), uma jovem iraniana filha de uma ex-dançarina. Inspirados em vídeos de Pina Bausch e Michael Jackson, que assistiam escondidos pela Internet, os dois criavam coreografias especiais. Só que não podiam mostrá-las em público. A solução foi organizar uma apresentação em pleno deserto. Tudo parecia ir bem até os fundamentalistas islâmicos entrarem em ação, em nome da moral e dos bons costumes. O fim da história todo mundo já sabe: Afshin foge para Paris, onde monta uma escola de dança bastante conceituada. Todo o enredo tem como pano de fundo a situação política do Irã sob Ahmadinejad, um regime de opressão no qual qualquer manifestação artística é pecado mortal.

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