quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

“O AMOR É ESTRANHO” (“Love is Strange”), 2014, é um drama norte-americano independente centrado na história do casal George (Alfred Molina) e Ben (John Lithgow). Pelos nomes já deu pra perceber: trata-se de um casal gay da terceira idade. Apesar de não ter cenas de sexo ou nudez (beijo gay já não choca mais), o filme teve problemas com a rigorosa censura dos EUA e só foi liberado para maiores de 17 anos, o que prejudicou sua distribuição e restringiu o número das salas de cinema. Voltando à história: George e Ben vivem juntos há 39 anos e, com o incentivo de amigos e familiares, resolvem se casar. Só que George coloca as fotos do casamento no Facebook . A diretoria da escola onde George ensina música fica sabendo da história, vê as fotos e o demite. A situação financeira do casal fica difícil - Ben vive de aposentadoria - e eles são obrigados a deixar o apartamento onde moram. Como alternativa provisória, George vai morar com um casal de amigos policiais gays e Ben se hospeda na casa de um sobrinho casado com a escritora Kate (Marisa Tomei). Esta vive se queixando que Ben quer conversar toda hora e tira sua concentração do trabalho. Por seu lado, George não se sente à vontade na casa dos policiais. Fica se achando um estranho. De qualquer forma, mesmo separados, George e Ben continuam se amando. A distância e a saudade acabam reforçando esse amor, dando margem a algumas - poucas - cenas comoventes. O filme até que é sensível, mas é lento demais, chegando a ser monótono em alguns momentos. O roteiro e a direção são de Ira Sachs, que já havia feito um filme com temática gay, aliás, muito bom, “Deixe a Luz Acesa”, de 2012. O brasileiro Maurício Zacharias, que vive há anos nos EUA, ajudou a escrever o roteiro. Além deste e de “Deixe a Luz Acesa”, Maurício escreveu também os roteiros dos nacionais “O Céu de Suely”, “Trinta” e “Madame Satã”.                                             

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