“O AMOR É ESTRANHO” (“Love is Strange”), 2014, é um drama norte-americano independente
centrado na história do casal George (Alfred Molina) e Ben (John Lithgow).
Pelos nomes já deu pra perceber: trata-se de um casal gay da terceira idade. Apesar
de não ter cenas de sexo ou nudez (beijo gay já não choca mais), o filme teve problemas com a rigorosa censura dos EUA e só foi liberado para maiores de 17 anos, o que prejudicou sua distribuição e restringiu o número das salas de cinema. Voltando à história: George e Ben vivem juntos há 39
anos e, com o incentivo de amigos e familiares, resolvem se casar. Só que
George coloca as fotos do casamento no Facebook . A diretoria da escola onde
George ensina música fica sabendo da história, vê as fotos e o
demite. A situação financeira do casal fica difícil - Ben vive de aposentadoria - e eles são obrigados a
deixar o apartamento onde moram. Como alternativa provisória, George vai morar
com um casal de amigos policiais gays e Ben se hospeda na casa de um sobrinho
casado com a escritora Kate (Marisa Tomei). Esta vive se queixando que Ben quer
conversar toda hora e tira sua concentração do trabalho. Por seu lado, George
não se sente à vontade na casa dos policiais. Fica se achando um estranho. De qualquer forma, mesmo
separados, George e Ben continuam se amando. A distância e a saudade acabam
reforçando esse amor, dando margem a algumas - poucas - cenas comoventes. O filme até que
é sensível, mas é lento demais, chegando a ser monótono em alguns momentos. O roteiro e a direção são de Ira Sachs, que já havia feito um
filme com temática gay, aliás, muito bom, “Deixe a Luz Acesa”, de 2012. O
brasileiro Maurício Zacharias, que vive há anos nos EUA, ajudou a escrever o roteiro. Além deste e de “Deixe
a Luz Acesa”, Maurício escreveu também os roteiros dos nacionais “O Céu de
Suely”, “Trinta” e “Madame Satã”.
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