"ESCOBAR: PARAÍSO PERDIDO” (“Paradise Lost”) é uma co-produção França/Espanha de 2014
que conta uma história baseada em fatos reais ocorridos no início da década de
90. Os irmãos canadenses Nick (Josh Hutcherson, de “Jogos Vorazes”) e Dylon
(Brady Corbet) chegam a uma praia da Colômbia para surfar. Gostam tanto que
resolvem morar por lá mesmo. Nick vai conhecer a jovem Maria (a atriz espanhola
Claudia Traisa), que nada mais é do que a sobrinha querida do poderoso
traficante Pablo Escobar (Benício Del Toro). Nick é muito bem recebido por Escobar.
“Você é como se fosse meu filho”, diz o traficante, recebendo-o como mais um
integrante da família, a ponto de eliminar sumariamente uma gangue de marginais
que um dia maltratou o novo afilhado. Nick vai perceber, com o tempo, que
pertencer à família de Escobar significa também participar dos negócios. Nick
vai sofrer na própria pele o que Escobar destina aos seus piores inimigos. O ator
espanhol Carlos Bardem, irmão na vida real de Javier, interpreta o braço
direito e o dedo no gatilho de Escobar. Um capanga sanguinário que adora ver
sangue jorrar. Totalmente filmado em locações no Panamá, o filme marca a
estreia na direção do ator e roteirista italiano Andre Di Stefano. Será
difícil, para quem viu Benício Del Toro na pele de Guevara no filme biográfico “Che”,
dissociá-lo da imagem do guerrilheiro, ainda mais quando deixa crescer a barba. O mais interessante do filme é como
Escobar se auto-idolatrava, o que fica bem claro na conversa que tem com um
padre no final, quando dá a entender que está acima de Deus. Teve o fim que
merecia, embora tardio.
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