Se em
“Capitão Phillips”, de 2013, os piratas somalianos sequestram a tripulação e o
navio comandados por Tom Hanks, em “O SEQUESTRO” (“Default”),
EUA, 2014, os terroristas – também somalianos - fazem refém uma equipe de TV
norte-americana. Só que, ao invés de navio, desta fez é um avião prestes a
decolar do aeroporto das Ilhas Seychelles, no Oceano Índico. Se no filme com
Tom Hanks a tensão é de arrasar, neste é duas vezes de arrasar. Tanto a
tripulação do avião quanto a equipe de TV vão passar o maior sufoco. É o mesmo
suspense “mata-não-mata”, gritos e tortura psicológica. O objetivo dos
somalianos é que o jornalista Frank Saltzman (Greg Callahan), membro da equipe sequestrada,
faça uma entrevista com o líder do grupo, Atlas (David Oyelowo). Só que a
situação acaba saindo de controle e, ao contrário de “Capitão Phillips”, a
história não vai acabar bem. O filme é claustrofóbico demais - toda a ação se
passa dentro da aeronave. O espectador também vai sentir desconforto com a
câmera agitada, nervosa, como se tudo fosse filmado por um cinegrafista amador
tremendo de medo. Parece que a história é verídica, pois aparece muito
noticiário televisivo aparentemente verdadeiro sobre o sequestro. Deveria haver
alguma indicação nos créditos. De qualquer forma, é daqueles filmes com tanto
suspense e tensão que você nem percebe quando o saco de pipoca acabou nem que entortou o braço da poltrona.
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