terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Se em “Capitão Phillips”, de 2013, os piratas somalianos sequestram a tripulação e o navio comandados por Tom Hanks, em “O SEQUESTRO” (“Default”), EUA, 2014, os terroristas – também somalianos - fazem refém uma equipe de TV norte-americana. Só que, ao invés de navio, desta fez é um avião prestes a decolar do aeroporto das Ilhas Seychelles, no Oceano Índico. Se no filme com Tom Hanks a tensão é de arrasar, neste é duas vezes de arrasar. Tanto a tripulação do avião quanto a equipe de TV vão passar o maior sufoco. É o mesmo suspense “mata-não-mata”, gritos e tortura psicológica. O objetivo dos somalianos é que o jornalista Frank Saltzman (Greg Callahan), membro da equipe sequestrada, faça uma entrevista com o líder do grupo, Atlas (David Oyelowo). Só que a situação acaba saindo de controle e, ao contrário de “Capitão Phillips”, a história não vai acabar bem. O filme é claustrofóbico demais - toda a ação se passa dentro da aeronave. O espectador também vai sentir desconforto com a câmera agitada, nervosa, como se tudo fosse filmado por um cinegrafista amador tremendo de medo. Parece que a história é verídica, pois aparece muito noticiário televisivo aparentemente verdadeiro sobre o sequestro. Deveria haver alguma indicação nos créditos. De qualquer forma, é daqueles filmes com tanto suspense e tensão que você nem percebe quando o saco de pipoca acabou nem que entortou o braço da poltrona.

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