O
drama “IDA” é a
grande aposta do cinema polonês na disputa do Oscar 2015 de Melhor Filme
Estrangeiro. O filme, dirigido por Pawel Pawlikowski, está entre os 9 finalistas
selecionados para concorrer ao prêmio. E não será nenhuma surpresa se vencer,
pois trata-se de um belíssimo filme. A história, ambientada em 1962, está
centrada na noviça Anna (a estreante Agata
Trzebuchowska), de 18 anos, que vive desde pequena num convento. Prestes a ser
ordenada, ela é liberada para visitar seu único parente vivo, a tia Wanda Cruz
(Agata Kulesza), que é juíza num tribunal comunista. O encontro entre as duas fará
ressurgir alguns segredos de família tendo como pano de fundo acontecimentos trágicos ocorridos durante a
Segunda Guerra Mundial. Anna descobrirá, por exemplo, que nasceu de uma família
judia e que seu verdadeiro nome é Ida. A noviça quer resgatar toda essa
história, descobrir como seus pais morreram e onde estão enterrados. Em nenhum momento, porém, sua fé católica correrá risco. Tia e
sobrinha iniciam então um road movie
para encontrar pessoas que tenham algo para contar sobre tudo o que aconteceu. Se
para Ida a viagem foi esclarecedora e, de certa forma, redentora, para Wanda
foi um martírio que afetará ainda mais a sua já abalada condição psicológica. A
fotografia em preto e branco é um dos destaques do filme, além dos
enquadramentos originais e do trabalho excepcional das atrizes, principalmente
Agata Kulesza. Sem exagero, um dos momentos mais sublimes do cinema nos últimos anos.
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