segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

O drama “IDA” é a grande aposta do cinema polonês na disputa do Oscar 2015 de Melhor Filme Estrangeiro. O filme, dirigido por Pawel Pawlikowski, está entre os 9 finalistas selecionados para concorrer ao prêmio. E não será nenhuma surpresa se vencer, pois trata-se de um belíssimo filme. A história, ambientada em 1962, está centrada na  noviça Anna (a estreante Agata Trzebuchowska), de 18 anos, que vive desde pequena num convento. Prestes a ser ordenada, ela é liberada para visitar seu único parente vivo, a tia Wanda Cruz (Agata Kulesza), que é juíza num tribunal comunista. O encontro entre as duas fará ressurgir alguns segredos de família tendo como pano de fundo acontecimentos trágicos ocorridos durante a Segunda Guerra Mundial. Anna descobrirá, por exemplo, que nasceu de uma família judia e que seu verdadeiro nome é Ida. A noviça quer resgatar toda essa história, descobrir como seus pais morreram e onde estão enterrados. Em nenhum momento, porém, sua fé católica correrá risco. Tia e sobrinha iniciam então um road movie para encontrar pessoas que tenham algo para contar sobre tudo o que aconteceu. Se para Ida a viagem foi esclarecedora e, de certa forma, redentora, para Wanda foi um martírio que afetará ainda mais a sua já abalada condição psicológica. A fotografia em preto e branco é um dos destaques do filme, além dos enquadramentos originais e do trabalho excepcional das atrizes, principalmente Agata Kulesza. Sem exagero, um dos momentos mais sublimes do cinema nos últimos anos.   

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