“O VALE SOMBRIO”
(“Das Finstere Tal”), 2014, direção de Andreas Prochaska, tem todas as características
dos filmes do Velho Oeste que Hollywood sempre soube fazer melhor do que ninguém.
A própria história já é um clichê dos faroestes: cavaleiro desconhecido chega a
uma vila cuja população é dominada por uma família de malfeitores. O resto todo
mundo que curte cinema é capaz de adivinhar. Só que tem apenas um detalhe muito
importante: o filme é austríaco e o Velho Oeste aqui nada mais é do que os
Alpes da Áustria. Quem já assistiu a um faroeste austríaco que levante a mão. A
história é ambientada em 1875. O cavaleiro misterioso que chega à vila é
Greider (o ator inglês Sam Riley), que se diz fotógrafo norte-americano e que acabou
de chegar da América com o objetivo de fotografar as montanhas e vales que circundam
aquela região. Só que, na verdade, a intenção dele é outra. Ele tem sede de vingança
por causa de fatos que aconteceram há mais de 20 anos. O filme é muito bem feito,
os cenários são deslumbrantes e tudo funciona realmente como um bom e
tradicional western, com direito a um
desfecho sangrento e violento ao estilo do diretor norte-americano Sam Peckinpah.
O filme é o pré-candidato oficial da Áustria ao Prêmio de Melhor Filme
Estrangeiro no Oscar 2015. Um faroeste austríaco concorrendo ao Oscar? Viva o Cinema!
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