“A ETERNIDADE E UM DIA” (“Mia Aioniotita Ke Mia Mera”), 1997, co-produção França/Itália/Grécia,
é um daqueles filmes com o carimbo “Cinema de Arte”. É lento e contemplativo demais, triste e melancólico, as cenas
se arrastam, parecendo tornar ainda mais longos os seus 137 minutos de duração.
A história é centrada no escritor Alexander (o ator Bruno Ganz, que atuou
falando alemão e foi dublado em grego), que está gravemente enfermo e tem pouco
tempo de vida. Ao separar seus objetos pessoais, ele encontra uma carta escrita
por sua falecida esposa Anna (Isabella Renauld) há 30 anos. O texto da carta faz
com que Alexander reative suas lembranças, voltando no tempo, revendo situações
como as reuniões em família e sua relação apaixonada com Anna. Em meio a essas
recordações (mostradas em flashbacks), Alexander conhece um menino albanês que
se perdeu da família e quer voltar para a Albânia. Esta e outras situações
permeiam pelo filme, como a destacada menção a Dionysios Solomos, o maior poeta
romântico grego. O filme, dirigido por Theo Angelopoulos (“Um Olhar a Cada Dia”,
“Paisagem na Neblina”), foi o vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes 1998.
O filme é visualmente muito bonito e tem uma ótima trilha sonora (composta por Eleni Karaindrou).
Nenhum comentário:
Postar um comentário