O drama belga “ILEGAL” (“Illégal”), 2010, aborda um dos temas mais em evidência na Europa nos
últimos anos, ou seja, a questão dos imigrantes ilegais. Mais do que isso,
aliás, esta produção, dirigida por Olivier Masset-Depasse, parece ter a
intenção de denunciar os maus tratos a que são submetidos os ilegais na
Bélgica. O filme conta a trajetória sofrida da imigrante russa Tania (a
fabulosa atriz belga Anne Coesens), que há 8 anos vive na Bélgica ilegalmente
com seu filho Ivan. Quando seu pedido de residência permanente é recusado,
Tania se desespera. Para nunca mais ser identificada e correr o risco de ser
repatriada, ela resolve destruir as próprias digitais, queimando as pontas de
seus dedos num ferro de passar roupa. Quando é presa e separada do filho, ela fica
calada sobre sua identidade, sendo encaminhada a um centro de detenção
destinado a imigrantes ilegais. A maior parte do filme mostra Tania convivendo
e se integrando com outros imigrantes, ao mesmo tempo em que se preocupa com o
destino do filho, agora com 13 anos. É um filme pesado e muito triste, mas, ao mesmo tempo,
muito forte e impactante pela dramaticidade da situação, principalmente ao escancarar o tratamento pouco amigável destinado aos imigrantes ilegais. O filme foi o candidato
oficial da Bélgica na disputa do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro/2011.
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