sexta-feira, 22 de agosto de 2014


Todo mundo conhece os fatos que levaram Getúlio Vargas a cometer suicídio. O presidente vivia uma enorme crise política, agravada por acusações de corrupção e, principalmente, pelo atentato da Rua Tonelero, que matou um major da Aeronáutica e feriu o então deputado federal Carlos Lacerda, na época o mais ferrenho adversário do governo Vargas. O segurança pessoal do presidente, Gregório Fortunato, foi acusado de planejar o crime e Vargas acabou acusado como mandante, embora nada disso tenha sido provado. O drama histórico “GETÚLIO”, 2013, dirigido por João Jardim, conta tudo isso e - o mais interessante - é que coloca o espectador nos bastidores da crise, ou seja, diretamente nas salas do Palácio do Catete, então residência de Getúlio e sede do seu governo. A gente acompanha as conversas de bastidores, as reuniões ministeriais, os encontros de Getúlio com ministros, políticos e assessores. O filme evidencia, com competência, todo aquele clima de tensão gerado pela grave crise - toda a ação ocorre durante os 19 dias anteriores ao suicídio. O filme dá destaque maior à presença de Alzira Vargas (Drica Moraes), filha do presidente e sua principal conselheira. Tony Ramos faz um Getúlio fisicamente quase perfeito, mas sua voz poderia apresentar outro tom (é muito a voz do ator) e também acentuar mais o sotaque gaúcho do presidente. As filmagens aconteceram no próprio Palácio do Catete, hoje um museu. No elenco, estão ainda Daniel Dantas, Alexandre Borges, Clarisse Abujamra, Leonardo Medeiros, Jackson Antunes e Marcelo Médici.  

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