Todo
mundo conhece os fatos que levaram Getúlio Vargas a cometer suicídio. O
presidente vivia uma enorme crise política, agravada por acusações de corrupção
e, principalmente, pelo atentato da Rua Tonelero, que matou um major da
Aeronáutica e feriu o então deputado federal Carlos Lacerda, na época o mais
ferrenho adversário do governo Vargas. O segurança pessoal do presidente,
Gregório Fortunato, foi acusado de planejar o crime e Vargas acabou acusado
como mandante, embora nada disso tenha sido provado. O drama histórico “GETÚLIO”, 2013, dirigido por João Jardim, conta tudo
isso e - o mais interessante - é que coloca o espectador nos bastidores da
crise, ou seja, diretamente nas salas do Palácio do Catete, então residência de
Getúlio e sede do seu governo. A gente acompanha as conversas de bastidores, as
reuniões ministeriais, os encontros de Getúlio com ministros, políticos e
assessores. O filme evidencia, com competência, todo aquele clima de tensão gerado pela grave crise - toda a ação ocorre durante os 19 dias anteriores ao suicídio. O filme dá destaque maior à presença de Alzira Vargas (Drica Moraes), filha do
presidente e sua principal conselheira. Tony Ramos faz um Getúlio fisicamente quase
perfeito, mas sua voz poderia apresentar outro tom (é muito a voz do ator) e
também acentuar mais o sotaque gaúcho do presidente. As filmagens aconteceram
no próprio Palácio do Catete, hoje um museu. No elenco, estão ainda Daniel
Dantas, Alexandre Borges, Clarisse Abujamra, Leonardo Medeiros, Jackson Antunes
e Marcelo Médici.
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