“O Grande Assalto 11.6” (“11,6”), França, 2013, conta a história verídica de Toni Musulin, o
francês que em 2009 roubou 11.6 milhões de euros do Banque de France e virou celebridade
nacional. Musulin é interpretado por François Cluzet (da comédia “Intocáveis”),
um dos melhores atores franceses da atualidade. O filme rememora os fatos ocorridos
a partir de um ano antes. Musulin trabalha como motorista de carros-forte numa
empresa de segurança há dez anos. Orgulha-se de nunca ter faltado um dia sequer
por doença ou qualquer outro motivo. Mesmo assim, a empresa tem o costume de
reduzir o seu holerite por minutos atrasados. A gota d’água foi um pedido negado
por seu chefe para folgar um dia porque precisa ir com a esposa a um funeral. Aí
ele resolve se vingar e cometer o assalto, considerado pela mídia europeia como "O Assalto do Século". Dias depois, quando ouve a notícia pela TV de que as
ações da empresa começaram a cair depois do que fez, Musulin não segura um
sorriso de felicidade. Musulin se entrega, conta tudo como aconteceu e indica o
local onde o dinheiro está escondido. Só que o dinheiro encontrado totalizou
9.1 milhões de euros. Ficaram faltando, portanto, 2.5 milhões, que ele nega
saber onde estão. Como não houve violência ou vítimas no roubo, a lei francesa
condenou Musulin a apenas três anos de prisão. O filme termina sem aquele
letreiro que informa a situação atual do prisioneiro. Faltou dizer, por exemplo, que Musulin,
em 2010, teve sua pena prorrogada para mais cinco anos. Ou seja, ele ainda vai
esperar um tempo para gastar os 2.5 milhões. Além de Cluzet, outro destaque do
filme é a ótima atriz Corine Masiero, que faz Marion, sua esposa, numa
interpretação de tirar não apenas o chapéu, mas a roupa inteira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário