domingo, 11 de maio de 2014

“Baran”, produção iraniana de 2001, tem como pano de fundo a situação dos imigrantes afegãos no Irã, a maioria fugindo do regime talibã e da pobreza crônica do Afeganistão. Como se no Irã a situação fosse melhorar. O filme conta a história de Lateef, um jovem iraniano que trabalha num canteiro de obras em Teerã. Ele é o encarregado de servir comida e chá aos trabalhadores, em sua maioria imigrantes ilegais, principalmente afegãos, curdos e turcos. Um acidente na obra provoca um ferimento sério na perna do afegão Najaf. Para não perder o dinheiro pelos dias em que ficará afastado, Najaf envia o filho Rahmat para substituí-lo, mas ele se mostra sem forças para fazer o trabalho pesado. Rahmat é designado para o lugar de Lateef na cozinha e este vai para o trabalho pesado. Lateef fica revoltado com a situação. Os dias transcorrem sem nenhuma novidade, até que Lateef descobre um segredo que mudará radicalmente o seu modo de pensar e agir. Em meio a tanta pobreza e desilusão, o diretor Majid Majidi ameniza o drama da história com alguns momentos de humor e outros bastante comoventes, principalmente quando Lateef demonstra sua bondade e solidariedade aos menos favorecidos – como se ele não fosse um deles. Do mesmo diretor, recomendo também “Filhos do Paraíso” e “A Cor do Paraíso”.                                                       

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