sábado, 12 de abril de 2014

Quando foi lançado no Festival de Cannes 2013, “Azul é a Cor mais Quente” (“La vie d’Adèle”) ficou marcado por algumas polêmicas. Primeira, é claro, sobre as longas cenas de sexo quase explícitas entre as duas protagonistas principais, Adèle (Adèle Exarchopoulos) e Emma (Léa Seydoux) – há também outra cena de sexo bastante ousada entre Adèle e um namoradinho no começo do filme. Outra polêmica envolveu o elenco, particularmente as atrizes Adèle e Léa, e o diretor franco-tunisiano Abdellatif Kechiche, acusado de ser um monstro tirano e torturador. O filme acabou ganhando a Palma de Ouro de Cannes e as duas atrizes dividiram o Prêmio de Melhor Atriz. Os prêmios foram mais do que justos, pois o filme é muito bom e o trabalho das atrizes é espetacular, principalmente Adèle, um fenômeno. Impossível não se emocionar com o seu desempenho. O filme é baseado na história em quadrinhos adulta “Le Bleu est une Couper Chaude”, criada pela francesa Julie Maroh. Em dúvida sobre a sua preferência sexual, Adéle (a personagem) é uma adolescente de 15 anos que se apaixona por Emma, lésbica assumida. Adèle leva Emma para jantar e apresentá-la aos seus pais, mas esconde o caso. O mesmo faz Emma, cujos pais conhecem e aceitam a opção da filha. Em suas três horas de duração, o filme vai acompanhar a paixão obsessiva das duas jovens. Embora todos os principais protagonistas sejam jovens, os diálogos são bastante inteligentes. Você já imaginou dois jovens estudantes do Ensino Fundamental aqui no Brasil discutindo Sartre? Independente das polêmicas, o filme é obrigatório para quem gosta de cinema de qualidade.    

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