sábado, 19 de abril de 2014

“Diário Perdido” (“Mères et Filles”), 2009, é um drama francês dirigido por Julie Lopes-Curval. Não que o título em português seja ruim, mas o original em francês, “Mães e Filhas”, é mais condizente com a história. Audrey (Marina Hands) viaja do Canadá, onde trabalha há anos, para a França com o objetivo de visitar os pais, Martine (Catherine Deneuve) e Michel (Michel Duchaussoy), que moram num vilarejo à beira-mar. Percebe-se desde o início que Martine é uma mulher amargurada e que sua relação com a filha não é das melhores. Audrey aproveita para rever a casa onde moravam os avós, fechada após a morte do avô. Escondido atrás de um velho armário, ela acha um diário escrito por Louise, sua avó. Entre receitas culinárias e anúncios de revistas dos anos 1950, Audrey encontra o relato de uma mulher infeliz no casamento e disposta a dar uma guinada em sua vida. Até as revelações do diário, a história “oficial” contada pela mãe Martine era a de que Louise havia fugido de casa, abandonando o marido e os filhos, talvez por causa de um amante. Ao ler e interpretar os fatos narrados no diário, Audrey vai descobrir que a história aconteceu de forma diferente, o que fará com que o desfecho do filme seja bastante surpreendente. Muito bem utilizado pelo diretor o recurso de fazer com que Andrey interaja com os personagens do passado na mesma cena, tornando reais os fatos como ela imagina terem acontecido. O filme é ótimo e merece ser visto.                                             

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