segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

De vez em quando, um pouco de erudição e história não faz mal a ninguém. É o que proporciona o ótimo drama alemão “Hannah Arendt”, de 2012, da diretora Margarethe Von Trotta. Em 1961, a alemã Hannah (Barbara Sukowa), já uma consagrada filósofa política e professora universitária nos EUA, se oferece à Revista The New Yorker para ir a Jerusalém cobrir o julgamento do nazista Adolf Eichmann, preso pelo Mossad na Argentina. Além da reportagem para a revista, ela queria aproveitar o trabalho para colher subsídios para seu estudo filosófico sobre “A Banalidade do Mal”. Os artigos da filósofa causaram uma grande repercussão na época. Ela escreveu, por exemplo, que Eichmann não era culpado direto pela matança dos judeus, pois obedecia ordens. Hannah não parou por aí. Escreveu também que os judeus – ela era judia - se deixaram dominar sem  resistência e ainda acusou alguns deles de colaboracionismo com os nazistas. Aí todo mundo se virou contra a filósofa, inclusive seus principais amigos. O filme conta toda essa história e ainda o envolvimento dela, na juventude, quando morava na Alemanha, com o filósofo Martin Heidegger. O pensamento e a filosofia de Hannah estão representados nos diálogos que ela tem com o marido e com os amigos e ainda durante suas aulas e palestras na universidade. Resumindo: um filme adulto e imperdível

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