sábado, 25 de janeiro de 2014


Uma das tarefas mais difíceis é explicar o inexplicável. Ainda mais quando o inexplicável é um filme, o francês “Holy Motors”, de 2012, dirigido por Leos Carax. Inexplicável que alguém tenha elaborado tamanha maluquice, e, pior, encontrado alguém para bancar sua produção. Mais do que um ato heroico, assistí-lo é masoquismo puro. Chegar ao final, então, aí já é autoflagelação. Oscar (Denis Lavant) passeia por Paris dentro de uma limusine branca. Em seu interior existe um tipo de camarim onde ele se disfarça para representar um papel: uma velha mendiga, um sujeito asqueroso que anda no esgoto e outros tipos aberrantes. Ele desce da limusine, faz alguma estripulia e depois volta. São 115 minutos de puro surrealismo, sem pé nem cabeça. O elenco ainda traz Eva Mendes, Kylie Minogue, Michel Piccoli, Edith Scob e Elise Lhomeau. Alguns críticos profissionais adoraram. E, para explicar o inexplicável, escreveram verdadeiros tratados sociológicos, filosóficos e estéticos. Chegaram a dizer até que o diretor fez uma homenagem ao cinema. Se você gosta de filmes esquisitos, vai adorar. Se for o caso, assista também “Attenberg”, um filme grego pra lá de maluco.     

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